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Especial

Abin diz desconhecer ameaça de atentado do EI contra franceses na Rio 2016

Órgão militar da França ponderou que ataque seria cometido por um brasileiro em nome do grupo jihadista

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, disse em entrevista nesta quarta-feira que o Brasil "ainda não foi informado" da possibilidade de um atentado terrorista contra a delegação da França, durante a realização dos Jogos Olímpicos, que serão realizados de 5 a 21 de agosto. O alerta, embora só tenha vindo a público na última terça-feira, foi divulgado no dia 26 de maio pelo chefe da Direção de Informação Militar (DRM) - um dos serviços secretos da França -, o general Christophe Gomart, à Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou os atentados de 13 de novembro em Paris e Saint-Denis.

Segundo as informações divulgadas aos parlamentares, o ataque seria cometido por um brasileiro em nome do grupo jihadista Estado Islâmico, teria como o alvo a delegação francesa e foi divulgado, por engano, na terça-feira com a publicação de um relatório no site do Legislativo. A entrevista foi convocada para que a Abin informasse sobre os trabalhos de preparação para a Olimpíada pelos serviço de inteligência brasileira e a integração com todos os órgãos do setor, para prevenção de possíveis atentados.

Trezza, que disse desconhecer o alerta, evitou reconhecer o atraso no repasse desse tipo de informação ao Brasil, que é fundamental para a segurança dos Jogos, e que já era de conhecimento do governo francês há pelo menos 50 dias. Questionado se havia demora do governo francês em repassar o estratégico informe ao Brasil, o diretor-geral da Abin evitou qualquer crítica ao parceiro. "Eu não posso afiançar o que houve para que ele (o serviço de inteligência francês) tivesse divulgado e não tivesse falado conosco ainda", tentou justificar, acrescentando que "certamente vamos nos sentar para conversar sobre isso porque existe representante do serviço de inteligência francesa no Brasil".

Apesar da ameaça de atentado, o governo diz que não haverá uma segurança ampliada para os atletas franceses. "Quando classificamos uma delegação com um grau de risco, pode-nos fazer descuidar das outras. Então, todas as delegações estão tendo o mesmo grau, levando o sistema de segurança integrada a enfrentá-los, a tratá-los com mesmo grau de risco, e todos são elevados porque isto é o que a gente acredita que deve fazer. Temos de assegurar que todos os que participarem dos Jogos tenham proteção adequada", declarou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, a quem a Abin está subordinada.

"Não raciocinamos que uma delegação tem maior e outra menor risco. Todas são de nossa responsabilidade e para todas será dada o mesmo nível de tratamento como se o risco fosse igual para todas", afirmou ele, acrescentando que "da perspectiva da inteligência, da segurança integrada, o Brasil está pronto para os Jogos Rio 2016".

AE