Com a oportunidade de se classificar com um empate, a Dinamarca entrou fechada na defesa. O Brasil veio com mudanças. Luan entrou no meio, no lugar de Felipe Anderson. Outro gremista, Walace, substituiu o suspenso Thiago Maia. E a curiosa formação, com quatro atacantes de origem, acabou funcionando.
No início, parecia que o drama continuaria. Era difícil superar o bloqueio dinamarquês. Quando Neymar abriu um espaço e encontrou Gabriel Jesus sozinho, o atacante, que perdeu um gol incrível na estreia, desperdiçou outra grande chance, na cara do goleiro. Enquanto isso, no outro jogo da chave, iraquianos e sul-africanos empatavam com gols, e a combinação de resultados eliminava o Brasil.
Depois de 206 minutos de futebol, o Brasil finalmente balançou as redes quando Gabriel “Gabigol” aproveitou cruzamento de Douglas Santos e chutou para o gol. O alívio aumentou aos 39. Luan tabelou com Gabigol em um lance de muita categoria e cruzou da ponta direita para Gabriel Jesus se redimir, marcando o 2 a 0 com um toque a la Romário contra a Holanda, na Copa de 1994.
Na etapa final, a coisa deslanchou. Neymar lançou Douglas Santos, que cruzou para Luan concluir para a rede: 3 a 0. Os dinamarqueses continuaram inofensivos durante toda a noite, até que Neymar conseguiu mais um belo passe, desta vez para Gabigol, que chutou cruzado e deu números finais à vitória brasileira.
Amauri Knevitz