• Nuzman guardava na Suíça 16 quilos de ouro sem comprovação de origem
Conforme a nota divulgada no site do COI, o COB teve os subsídios e pagamentos congelados, de acordo com a regra de número 59 estabelecida pelo órgão internacional.
Em relação a Nuzman, que é membro honorário do COI, a Comissão de Ética decidiu suspendê-lo dos direitos, prerrogativas e funções do cargo. Além disso, Nuzman foi retirado da coordenação da comissão para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que devem ser realizados em 2020.
De acordo com o COI, as sanções não atingirão os atletas brasileiros. O comitê irá aceitar o time do País nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang 2018 e em todas competições que serão realizadas sob os cuidados do COI.
Na quinta-feira, a Polícia Federal prendeu Nuzman por suspeitas de "corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa". Também foi detido o diretor geral de operações do comitê Rio-2016, Leonardo Gryner. Durante a operação, a PF apreendeu documentos.
Em setembro, Nuzman já havia sido interrogado pela PF durante a operação "Unfair Play", que suspeitava que o dirigente havia sido o "ponto central de conexão" de uma trama de corrupção internacional que supostamente comprou votos para dar a vitória ao Rio de Janeiro na disputa pela sede olímpica de 2016.
Os promotores afirmam que Nuzman, presidente do COB desde 1995, ampliou seu patrimônio em 457% nos últimos 10 anos sem explicar de modo convincente a origem do dinheiro e também que tentou esconder sua riqueza - geralmente no exterior - das autoridades. A investigação mostrou que ele só declarou que tinha 16 barras de ouro de um quilo cada depois que foi interrogado no mês passado.
Correio do Povo e AFP