Abandonado, o Maracanã está tendo o seu futuro definido na Justiça. O consórcio se nega a reassumir a administração do estádio, alegando que o Comitê Rio-2016 não cumpriu obras previstas em contrato. No dia 13 deste mês, a juíza Fernanda Lousada, da 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, concedeu liminar obrigando o consórcio a retomar operação e a manutenção da arena. Em seguida, a Odebrecht informou que recorreria da decisão.
Horas após a Light cortar o fornecimento de energia elétrica do estádio, a Concessionária Maracanã anunciou que, até esta sexta, irá quitar um débito de R$ 1 milhão com a distribuidora de energia, referente aos meses de novembro e dezembro.
De acordo com a Light, o Comitê Rio-2016 negocia as faturas vencidas em setembro e outubro do ano passado, período em que o Maracanã esteve sob a responsabilidade da organização dos Jogos Olímpicos.
Após a decisão liminar que a obriga a quitar dívidas do estádio, a concessionária seguiu batendo na tecla de que o Termo de Autorização de Uso (TAU), documento que disciplinou o uso do complexo do Maracanã durante o chamado período olímpico, prevê que a obrigação pelos reparos no local, bem como os custos devidos, são de responsabilidade do Comitê Rio-2016.
"De acordo com o TAU, o comitê deve permanecer à frente do complexo até que todos os reparos, assim como débitos, sejam realizados", afirmou nesta quinta-feira a concessionária, que apela contra a liminar para devolver o estádio ao Rio-2016 até que este realize todos os reparos e pague as dívidas que assumiu.
AE