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Verão

Especial

Os primeiros 100 dias de Dorival Júnior no comando da Seleção Brasileira

Técnico teve apenas dois jogos neste período, mas conseguiu resultados importantes, contra Inglaterra e Espanha

Em seus dois primeiros jogos, vitória contra a Inglaterra e empate com a Espanha | Foto: Rafael Ribeiro / CBF / CP

A questão depende do ponto de vista. Em 100 dias completados hoje no cargo mais visado do futebol brasileiro, foram apenas dois jogos, um único time repetido e nenhuma derrota. Se Dorival Júnior está longe de recuperar o prestígio da Seleção Brasileira, pelo menos deu sinais de parecer estancar uma espécie de sangria moral pela qual passava a “Seleção mais vencedora do planeta”, como ele mesmo disse em sua apresentação, no dia 11 de janeiro. Passada a prova de fogo do batismo contra camisas pesadas de Inglaterra e Espanha, o próximo desafio é a Copa América.

O treinador é um dos ingredientes do "suco de CBF" desde a saída de Tite após a Copa do Mundo do Catar em 2022. O longo período de vacância da função teve Ramon Menezes como interino e Fernando Diniz, em condição semelhante, sem o respaldo para treinar os jogadores mais caros do mundo. Dependesse de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, Carlo Ancelotti seria o técnico do Brasil. Mas talvez o italiano não tenha trocado o Real Madrid pela Seleção justamente por ter visto com quem negociava. Fato é que 2023 foi um dos piores anos da história da Canarinho.

"O principal mérito de Dorival foi simplificar e isso é positivo. Sem muito requinte conceitual, algo que não funciona em curto prazo, organizou a Seleção de uma forma mais fácil de os atletas assimilarem de maneira imediata. Com isso, mais nomes certos, boas convocações, resgatou algo que faltou em 2023: competitividade. Além disso, os novos convocados, como Fabrício Bruno e Beraldo, corresponderam. Acho que o caminho é começar com essa simplificação e entender que é preciso competir para que o trabalho transcorra com mais tranquilidade", analisa Carlos Guimarães, comentarista da Rádio Guaíba.

Expectativa ainda pelo aproveitamento de Neymar

Dentro de campo, pelo menos contra Inglaterra na estreia, a expectativa negativa somada ao cenário adverso em Wembley serviram de motivação para que um time sem os principais nomes como Neymar, Casemiro, Marquinhos, Alisson, dentre outros, desse resposta. O 1 a 0, com gol de Endrick, soou emblemático. Dias depois no Santiago Bernabéu, no 3 a 3 com a Espanha, um comportamento parecido e que exigiu mais da equipe. Diante de uma geração espanhola também promissora, houve susto pelo domínio europeu no primeiro tempo. Mas houve de novo reação, novamente passando por Endrick e com Paquetá, peça que seu antecessor Diniz não pôde contar. Assim, como Neymar.

Eis aí um tema delicado no horizonte de Dorival e da Seleção. Ainda em recuperação de uma grave lesão, o craque do Al-Hilal viu seu time na Arábia Saudita, sem ele, bater o recorde de 34 vitórias seguidas. Resta saber quando Neymar voltar como estará o Brasil hoje de Vini Jr, Rodrygo e Endrick, que parece ser o aroma que ficou no ar no começo de trabalho de Dorival nesses 100 dias de trabalho.

Antes disso, porém tem a Copa América nos Estados Unidos. Ele terá amistosos contra México e EUA para preparar o time. O Brasil está no Grupo D com Costa Rica, Paraguai e Colômbia. O torneio começa dia 20 de junho e a estreia brasileira é no dia 24. Depois virão as Eliminatórias da Copa em setembro, justamente o palco onde Diniz ruiu em apenas seis jogos e 185 dias. Não foi muito, mas experimente dizer isso a quem ocupa o cargo.

Contra a Inglaterra, temor de domínio rival deu lugar à esperança de um novo trabalhoRafael Ribeiro / CBF / CP

João Paulo Fontoura