A nova campeã, de 24 anos, é apenas a segunda mulher não cabeça de chave a vencer o US Open desde a belga Kim Clijsters, que em 2009 ergueu o troféu após voltar da aposentadoria. Stephens se tornou também a primeira americana não chamada Venus ou Serena Williams a vencer um Grand Slam desde Jennifer Capriati no Aberto da Austrália de 2002 e do US Open desde Lindsay Davenport em 1998.
O caminho da tenista da Flórida até o título não foi fácil. Impossibilitada de competir por onze meses devido a uma fratura no pé, Stephens caiu para o 957º lugar no ranking da WTA, voltando a competir somente em julho. Na próxima segunda-feira, ela aparecerá na 22ª posição do ranking.
Para surpresa geral, Stephens havia alcançado as semifinais dos torneios de Toronto e Cincinnati antes de se apresentar ao US Open como convidada. No torneio, a americana eliminou a italiana Roberta Vinci na estreia, a eslovaca Dominika Cibulkova na rodada seguinte e principalmente a compatriota Venus Williams nas semifinais, Stephens voltou a dominar sua adversária.
Stephens fechou a partida após 61 minutos em quadra graças a um tênis preciso e de poucos erros não forçados (6), apostando nos winners na paralela do fundo de quadra. A vencedora estabeleceu o ritmo de jogo desde o início, quando conseguiu a primeira de suas cinco quebras de saque no quinto game, antes de destruir a amiga Keys com um "pneu" no último set.
Ao fim da partida, as duas jogadores protagonizaram um longo abraço na rede e foi Stephens que consolou a triste Keys. Antes da cerimônia de premiação, porém, foi possível ver as duas amigas conversando com sorrisos nos rostos.
AFP