A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou nesta terça-feira o habeas corpus que autorizou o goleiro Bruno a deixar a prisão. Com a decisão, por 3 votos a 1, ele deverá voltar à cadeia de maneira imediata.
Relator do habeas corpus, o ministro Alexadre de Mores votou contra a medida e posteriormente foi acompanhado pelos ministros Rosa Weber e Luiz Fux – o que já formou a maioria do colegiado para a decisão. O entendimento que prevaleceu foi o de que Bruno não poderia ser solto porque isso iria contra à decisão soberana do júri popular, que negou ao goleiro o direito de recorrer de sua condenação em liberdade.
O ministro Marco Aurélio Mello votou por manter o habeas corpus. Ele acolheu o argumento da defesa de que haveria um excesso de prazo, de mais de três anos desde a primeira condenação, para o julgamento do caso de Bruno pela segunda instância da Justiça, motivo pelo qual o goleiro deveria ser solto. “A sociedade quer sangue, se possível sangue, e não o devido processo penal”, disse. O ministro Luís Roberto Barroso não esteve na reunião da primeira turma.
Retorno ao futebol
Condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com emprego de asfixia e com recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e ocultação de cadáver, Bruno cumpriu seis anos e sete meses da pena. No último dia 24 de fevereiro, foi beneficiado com habeas corpus concedido pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello.
Logo após deixar a prisão, Bruno recebeu propostas para retornar ao futebol e foi contratado pelo Boa Esporte, de Minas Gerais, pelo qual chegou a disputar cinco partidas. O clube está em meio à disputa do hexagonal final do Módulo 2 do Campeonato Mineiro e também se prepara para o início da Série B do Campeonato Brasileiro, a partir de maio.
Correio do Povo