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Técnico do Napoli pode ser suspenso por insultos homofóbicos

Ofensas aconteceram durante a partida contra a Inter de Milão de terça-feira

Técnino do Napoli pode ser suspenso por insultos homofóbicos | Foto: Carlos Hermann / AFP / CP
O técnico do Napoli, Maurizio Sarri, poderia ser suspenso por quatro meses por ofensas homofóbicas proferidas contra Roberto Mancini, treinador da Inter de Milão, durante a partida de terça-feira entre as duas equipes, pela Copa da Itália.  O técnico da Inter afirma que Sarri teria utilizado os termos "frocio" e "finocchio", que podem ser traduzidos como "viado" e "homossexual".

Segundo o artigo 11 do regulamento federal italiano, "todo insulto ou descriminação por motivo de raça, cor, religião, língua, sexo, nacionalidade ou origem étnica" é passível de suspensão por pelo menos quatro meses e multa.  De acordo com a imprensa italiana, um processo contra o técnico do líder do Campeonato Italiano ainda não foi aberto.

Logo após o segundo gol da Inter na vitória por 2 a 0 sobre o Napoli, pelas quartas de final da Copa da Itália, as imagens da televisão mostraram uma discussão acalorada entre Sarri e Mancini.  Perguntado pela emissora RAI sobre o incidente, Mancini declarou: "Mauricio Sarri é um racista e os homens como ele não deveriam fazer parte do futebol. Ele utilizou palavras racistas. Ele começou a me xingar, me chamando de viado". A súmula da partida preenchida pelos árbitros será chave para a investigação. O quarto árbitro estava próximo do conflito quando os dois técnicos trocaram farpas.

Sarri se defendeu das acusações, definindo o ocorrido como algo normal no futebol: "Escutei e vi coisas piores no futebol. Espero que, com a cabeça fria, Mancini mude de ponto de vista. Nas minhas palavras, não havia nenhuma forma de descriminação. Não tenho nada contra os homossexuais", justificou. Nesta quarta-feira, Fabrizio Marrazzo, porta-voz do Gay Center, uma das principais associações em defesa dos homossexuais na Itália, pediu uma "punição exemplar".

"Como napolitano e torcedor do Napoli, sinto vergonha pelas palavras de Sarri", afirmou, pedindo que a entidade seja recebida por Aurelio De Laurentis, presidente do clube, e por Carlo Tavecchio, presidente da Federação Italiana de Futebol. "Gostaríamos que o futebol iniciasse uma grande campanha contra a homofobia. Um esporte tão popular não pode permitir mensagens de violência", concluiu.

AFP