“Não há nada melhor do que este dia para mim. Isso não se compara com nada, com nada. Essas aqui são as minhas pessoas, e também é bom que não preciso falar nem em inglês e nem em italiano”, disse o atacante, antes de completar: “Sou um Tevez completamente diferente. Hoje eu sei o que representa o Boca, já que fiquei muito tempo longe daqui. Antes eu tinha jogadores que me aconselhavam, hoje eu já sou o exemplo para os atletas do elenco”.
Tevez deu uma volta olímpica na Bombonera, que cheia como em um jogo do Boca. A torcida, alucinada com a presença de seu grande ídolo, soltou fogos, em uma linda festa para um personagem único. O jogador, que “roubou” a camisa 10 do uruguaio Lodeiro, chutou bolas na arquibancadas, agradeceu aos fãs e disparou: “Dinheiro não compra a felicidade”.
A torcida ficou ainda mais entusiasmada quando Tevez falou do rival River Plate, em tom mais do que irônico e provocativo. Ele cutucou os Millonarios: “Sempre vencemos”. Depois, foi saudado por Maradona, que estava em um dos camarotes. O ex-craque do Boca levou uma faixa, com os dizeres “Obrigado por voltar”. Depois, jogou-a para Tevez, que aproveitou para pedir apoio do torcedor para sua reestreia com a camisa do Boca Juniors, no sábado, contra o Quilmes. Os Xeneizes lideram o Campeonato Argentino, com 34 pontos.
O acordo entre Boca Juniors e Tevez parecia improvável, principalmente pelo excelente ano com a camisa da Juventus. Na última temporada, ele foi um dos destaques da equipe italiana, que conquistou o Campeonato Italiano e a Copa da Itália, além de bater na trave contra o Barcelona, na final da Liga dos Campeões.
Tevez sempre declarou que gostaria de voltar ao Boca Juniors. Ele havia dito que não renovaria seu contrato com a Juventus, que se encerraria em 2016. No entanto, o rompimento foi um ano antes. O clube argentino não pagou para ter Carlitos de volta. Mas a transferência não foi de graça: o jovem Guido Vadala vai emprestado para o time italiano, além da prioridade nas negociações de três jogadores da base.
O atacante de 31 anos defendeu a Juve por duas temporadas, após deixar o Manchester City em meados de 2013. Se tornou ídolo dos torcedores italianos com as conquistas dos títulos nacionais nas duas últimas temporadas, além da Copa Itália na temporada 2014/15. Pela Juve foram 50 gols em 96 partidas.
Lancepress