Adrián Napolitano, conhecido como “o Padeiro” foi um dos sete sócios banidos pelo Boca na semana passada. O torcedor, que ganhou o apelido por ser de uma família que possui uma rede de padarias na capital argentina, já tinha reconhecido na imprensa ter sido o agressor da partida, disputada no dia 14 de maio, depois de ser flagrado pelas câmeras de televisão.
Napolitano não nega o fato, e contou à juíza como tudo aconteceu, segundo o advogado. “Disse que não foi premeditado. Foi o fato de uma pessoa só, que teve muita consequência”, relatou Hernán Carluccio, advogado, do 'Padeiro'. “Ele está muito arrependido, e pediu desculpas diante da justiça.”
Confusão determinou fim precoce do jogo
O duelo Boca-River foi suspenso antes do início do segundo tempo, após atletas serem atingidos por gás de pimenta no corredor que leva do vestiário ao campo. Pelo escândalo na Bombonera, o Boca Juniors foi desclassificado da Libertadores 2015 pela Conmebol, que aplicou uma multa de 200 mil dólares ao clube argentino e o puniu com duas partidas com portões fechados como mandante.
De acordo com a imprensa argentina, a juíza Wilma López possui escutas telefônicas que revelam como foi planejado o ataque, que contou com a entrada de um drone no estádio. O drone sobrevoou o campo de jogo no intervalo, arrastando um tecido branco no formato de fantasma com uma grande letra 'B' no peito, uma referência ao rebaixamento do River Plate à segunda divisão em 2012. Napolitano é mencionado nessas escutas, embora ele mesmo tenha afirmado diante da justiça ter agido sozinho.
AFP