Afastado de qualquer envolvimento com a administração do futebol pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) e fora da Fifa desde 2015, Joseph Blatter admite que está acompanhando de perto o julgamento dos dirigentes sul-americanos no tribunal de Nova York. Mas garante: seu nome não irá aparecer no julgamento.
"Todos estão tentando salvar suas cabeças ali e acusar aos demais. Mas ninguém pode me acusar. Você não vai ver ninguém me acusando, pois eu realmente não estou envolvido nesse assunto", afirmou o suíço.
Joseph Blatter ainda contou os bastidores da preparação da Copa do Mundo no Brasil, apontando que a construção de estádios foi tomada com base em "decisões políticas". "O Brasil chegou a propor que fizéssemos a Copa em 17 estádios e tivemos de reduzir isso para 12", afirmou. Hoje, parte deles está vazio.
Em campo, porém, o ex-presidente da Fifa insiste que o Brasil é um dos três favoritos para ganhar a Copa e que a seleção soube renovar o seu time, depois de 2014.
Com 81 anos, sua voz não é mais a mesma daquele dirigente que era recebido como um chefe de Estado por onde aparecia. Mas ele garante que continua ativo. O suíço, que hoje vive entre Zurique e sua região do Valais, ainda promete lançar um livro antes da Copa do Mundo, com novas revelações sobre o que teria ocorrido em seus anos na Fifa. E ele garante: haverá um capítulo inteiro sobre o Brasil. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
AE