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Verão

Especial

Governo russo impõe uma série proibições durante a Copa

Autoridades aplicaram medidas restritivas que irão desde venda e consumo álcool até deslocamentos por cidade

Autoridades aplicaram medidas restritivas que irão desde venda e consumo álcool até deslocamentos por cidade | Foto: Luis Acosta / AFP / CP
Para garantir a segurança durante a Copa do Mundo, as autoridades russas aplicaram diversas medidas restritivas. Do álcool aos deslocamentos, passando pelas manifestações, essas são algumas das proibições que vão alterar a rotina dos russos:

Venda de álcool 

A venda de bebidas alcoólicas e de qualquer tipo de garrafa de vidro estará proibida em Moscou e em outras cidades na véspera e no dia das partidas, ao redor dos estádios, nos campos de treino, nas "fan-zones" e em outros "lugares-chave", como estações e parques. As autoridades também esperam ressuscitar a prática soviética dos lugares de desintoxicação - espaços supervigiados pela Polícia para onde serão levados os torcedores que tiverem bebido além da conta. Também estão previstas visitas médicas e a clínicas e hospitais no caso dos muito embriagados. Não se sabe ainda se isso se dará de maneira voluntária.

Deslocamentos sob vigilância

Russos e estrangeiros terão de se registrar na Polícia para três dias de estada antes de sua chegada às cidades-sede, apresentando carteiras de identidade e comprovantes de residência, sob a ameaça de serem multados. Até então, os russos tinham de se registrar apenas para estadas de mais de 90 dias, e os controles eram excepcionais. Com o tempo, esses procedimentos herdados das rígidas restrições da era soviética tinham deixado de ser habituais. Para os estrangeiros que se deslocarão entre as 11 cidades-sede, isso aumentará o risco de atrito com a burocracia russa ao interpretar as regras. Embora os hotéis se encarreguem dessa formalidade, o assunto se torna complexo para quem aluga apartamentos, ou mora em Moscou, por exemplo. Acabou virando um problema para os jornalistas que preparam o Mundial. Em Moscou, conhecida por seus engarrafamentos intermináveis, e em outras grandes cidades, algumas vias do centro e os arredores dos estádios serão fechados à circulação, o que pode agravar ainda mais a situação do tráfego. O prefeito de Kaliningrado, uma das sedes, foi além e pediu aos moradores que saiam da cidade e "vão descansar no campo" durante o mundial.

As manifestações

Um decreto firmado pelo presidente Vladimir Putin reduz drasticamente o direito dos russos de se manifestarem durante o Mundial. Os eventos públicos não esportivos poderão ser realizados nas regiões das cidades-sede apenas em lugares e em horários aprovados pelas autoridades. Em Ekaterinburgo, por exemplo, as manifestações serão autorizadas apenas se acontecerem entre 14h e 16h. Os festivais de música previstos na Rússia neste verão tiveram de ser adiados para depois do Mundial.

O turismo

Em um momento em que os preços dos hotéis e dos aluguéis aumentam radicalmente, as autoridades decidiram reduzir as excursões turísticas, algo muito apreciado pelos russos. Os ônibus turísticos estarão proibidos de entrar nas cidades-sede, e os navios turísticos não poderão navegar. As autoridades identificaram 41 lugares, em torno dos quais todos os voos serão proibidos durante o Mundial. Também não poderão ser usados drones em uma zona de 100 quilômetros quadrados ao redor das 11 cidades-sede. Uma brigada especial do Exército instalará interferências eletrônicas no entorno dos estádios.

Churrascos

Já privados desde 2014 da maioria dos produtos alimentícios europeus pelo embargo decretado em resposta a sanções contra a Rússia, alguns russos veem limitadas suas possibilidades de praticar sua atividade de verão favorita: o assado, ou churrasco ("chachlyki", em russo). Por causa dos incêndios florestais maciços que reduzem a cinzas vastas extensões de mata a cada verão, especialmente na Sibéria, o governo ordenou um reforço das normas anti-incêndio durante a Copa do Mundo. Sob a ameaça de multa, ficará proibido acender fogueiras, queimar folhas, ou assar carne ao ar livre em lugares não equipados especialmente para esse fim.

AFP