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Especial

Brasil pode participar de acordo para barrar 5G da Huawei, diz subsecretário dos EUA

Keith Krach afirmou que o país precisa adotar tecnologias que deem segurança aos investidores

| Foto: Twitter / Reprodução / CP

O subsecretário de Estado dos Estados Unidos para Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente, Keith Krach, afirmou que o Brasil está disposto a apoiar o programa norte-americano Clean Network (rede limpa), que visa a restringir o uso de equipamentos chineses na infraestrutura de telefonia das novas redes 5G.

Krach esteve no Brasil para uma série de reuniões com representantes de alto escalão do governo brasileiro e líderes empresariais. À jornalistas e convidados, o americano ressaltou que o Brasil precisa adotar tecnologias que deem segurança aos investidores. “O Partido Comunista da China é uma ameaça global. Eles não querem competir. Eles querem acabar com o negócio”, alfinetou, ao acusar o governo chinês de querer roubar propriedades intelectuais. 

A Huawei Technologies Co. Ltd. é uma multinacional chinesa de equipamentos para redes de dados e telecomunicações sediada na cidade de Shenzhen, província de Guangdong, na China. É a maior fornecedora do ramo no mundo, tendo ultrapassado a sueca Ericsson em 2012. Mas segundo Krach, a companhia, que ainda atua e fornece equipamentos às telecom(s) no Brasil, “é a espinha dorsal da espionagem chinesa”.

O subsecretário disse que a implementação de um 5G limpo irá ajudar que a infraestrutura de serviços de energia, água e combustíveis estejam seguros no Brasil. Entretanto, apesar da sinalização positiva do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que se comprometeu, durante encontro do Krach, a apoiar os princípios da Clean Network, as empresas de telefonia brasileiras, mesmo que controladas por conglomerados estrangeiros, se recusaram a participar de encontro com o subsecretário. 

De acordo com o sindicato que representa as operadoras de telecomunicações, o Conexis, as direções das companhias não participariam por que o tema da discussão está sendo tratado pelo governo brasileiro e em fóruns públicos; várias empresas são companhias de capital aberto, com compromissos de transparência junto aos acionistas e sociedade em geral; e os representantes das empresas têm evitado reuniões presenciais em razão da pandemia do Covid-19 no país, que ainda demanda cuidados. Mas durante o encontro na manhã desta quarta, o representante do governo norte-americano disse ter apoio dos CEOs das controladoras da Claro, TIM e Vivo. “Falei na Espanha com o CEO da Telefônica, que disse que a Telefônica Brasil vai usar tecnologia limpa. A Claro também e eles também entendem o valor da confiança, bem como a Telefônica Itália”, informou.

Ao final, Krach expressou sua expectativa sobre o tema no Brasil. “O que os EUA gostaria que o Brasil fizesse em relação ao 5G é ouvir do setor privado, de grandes empresas que são representadas pela Europa, Japão e EUA, onde todos entendem a mesma coisa que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) entende. São redes essenciais para a segurança institucional do Brasil. Nós dos EUA queremos o Brasil seguro também”, pontuou. Ele disse também acreditar que o programa Clean Network provavelmente irá seguir no novo governo democrata. “Acho que não vai mudar nada em relação à rede limpa com o novo governo. Estamos muito unidos neste tópico, numa aliança de democracias”, concluiu. 

 

Gabriel Guedes