Os habitantes do hemisfério norte puderam admirar, nesta quinta-feira (10), um eclipse parcial do sol que percorreu uma faixa de aproximadamente 500 km do Canadá à Sibéria, passando pela Europa. No pico do fenômeno, a Lua lentamente deslizou à frente do Sol, deixando um fino anel luminoso atrás de seu disco preto, chamado de "anel de fogo".
O espetáculo foi reservado aos poucos habitantes das latitudes mais altas, no noroeste do Canadá, extremo norte da Rússia, noroeste da Groenlândia. Acima de Qaanaq na Groenlândia, a cidade mais ao norte do planeta, a ocultação do disco atingiu cerca de 90%.
O fenômeno também foi visível, embora apenas parcialmente, na América do Norte, partes da Europa e norte da Ásia. Em Londres, onde a Lua escondeu 20% do Sol, os observadores puderam ver o eclipse através das nuvens.
Os curiosos tiveram que proteger os olhos com óculos especiais ou observar o evento por projeção, pois olhar diretamente para o Sol pode causar queimaduras irreversíveis na retina.
É o primeiro eclipse solar do ano 2021 e o décimo sexto do século XXI. Este fenômeno astronômico ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol estão perfeitamente alinhados.
Se o eclipse ocorre quando a Lua está no ponto mais distante em seu caminho ao redor da Terra, seu diâmetro aparente é menor e o eclipse é anular, deixando um anel luminoso visível. Um eclipse total, que mergulha brevemente parte do planeta na escuridão, ocorre quando a Lua está mais próxima e seu diâmetro aparente é igual ou maior que o do Sol visto da Terra.
O próximo eclipse total ocorrerá em 4 de dezembro, mas só será visível da Antártica.
AFP