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Ações de combate a propagação da Covid-19 são debatidas em São Leopoldo

Conforme estudo, carga viral presente no esgoto cresceu 2000%

Objetivo da pesquisa é investigar a disseminação do SARS-CoV-2 no sistema de esgoto em áreas de interesse da Vigilância em Saúde | Foto: Digue Cardoso / Semae / Divulgação / CP

Depois que um estudo de monitoramento da carga viral do novo coronavírus no esgoto de São Leopoldo apontou um crescimento de 2.000% na carga viral no material coletado na ETE Vicentina, o Comitê de Atenção ao Coronavírus do município convocou uma reunião emergencial. Nela, entidades e secretarias do Executivo municipal farão um debate para definir mais ações de combate a propagação do vírus. A quantidade de cópias genômicas por litro coletadas subiu de 73.190 (Cg/l), coletada em 11 de janeiro, para 1.535.990 (Cg/l), na amostra coletada no dia 1º de fevereiro.

O estudo é resultado do monitoramento ambiental do novo coronavírus em águas residuárias e de superfície do Rio Grande do Sul, através de uma pesquisa coordenado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), em parceria com o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e outras intuições, como a Universidade Feevale e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O objetivo da pesquisa é investigar a disseminação do SARS-CoV-2 no sistema de esgoto em áreas de interesse da Vigilância em Saúde. “Os dados são pouco animadores, pois estes números, combinado com o aumento de óbitos, demonstram que as pessoas não estão testando mesmo com sintomas, por isso vamos reunir nosso comitê municipal para anunciar algumas medidas”, afirmou o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi. Segundo o vice-prefeito e diretor-geral do Semae, Ary Moura, a ETE Vicentina, ponto da última coleta, atende cerca de 54 mil habitantes dos bairros Santos Dumont, Rio dos Sinos, São Miguel, Centro e Vicentina. “A pesquisa permite mensurar uma maior ou menor circulação do vírus na população que contribui para aquele esgoto. Se o vírus está presente no esgoto, consequentemente também pode estar presente nas águas do rio, arroios, açudes e afluentes, portanto quanto mais esgoto tratado, menos doenças são transmitidas à população”, destaca.

O monitoramento está ocorrendo em São Leopoldo, Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Novo Hamburgo, Capão da Canoa e Torres, com participação das Secretarias Municipais de Saúde destes municípios. Os laboratórios que realizam a análise localizam-se na UFRGS e na Feevale. A Fepam também é grande parceira no projeto, sendo responsável pela escolha de vários pontos em arroios do rio dos Sinos.

Stephany Sander