A Acadêmicos de Gravataí é a vencedora do carnaval de Porto Alegre. Pela primeira vez, a escola sagrou-se campeã da Série Ouro com 239,9 pontos. Ela desfilou na primeira noite e levou para o Porto Seco o tema “A Trupe da Onça Negra apresenta: No palco da fantasia entra em cena a Commedia Dell’Arte”.
"Esta vitória é resultado de muito esforço e mostra que fazemos um Carnaval profissional", contou o presidente da Acadêmicos de Gravataí, Anderson Silva.
Mauro SchaeferA Estado Maior da Restinga ficou em segundo lugar, com 239,8 pontos, seguida pela Imperadores do Samba, com 239,6. Última classificada, com 236,9 pontos, a Realiza caiu para o grupo Prata.
Na Série na Prata, a grande campeã foi a escola Império do Sol. A escola de São Leopoldo abriu a segunda noite de desfiles no Complexo Cultural do Porto Seco com o tema “Um Bicentenário com mais de 200 anos! São Leopoldo, a saga histórica da cidade povoada, amada e miscigenada”. A escola totalizou 238,9 pontos. Em segundo lugar, ficou a União da Tinga, com 238,5 pontos.
A leitura das notas ocorreu na tarde desta segunda-feira, no Complexo Cultural Porto Seco. Oito escolas disputam pela Série Prata e dez escolas desfilaram pela Série Ouro. A apuração estava prevista para iniciar às 15h, mas acabou atrasando quase duas horas, em função do julgamento da denúncia da Copacabana contra a Bambas da Orgia.
No carnaval de Porto Alegre, são avaliados oito critérios: bateria, samba enredo, harmonia, tema enredo, fantasia, evolução, mestre-sala e porta-bandeira e alegoria. A comissão de frente é obrigatória, mas não é um dos critérios de avaliação. A ordem de leitura das notas é sorteada.
Julgamento de recurso
Antes da apuração, durante reunião entre as diretorias das entidades, foi apresentado um pedido de punição à Bambas da Orgia, em função de um episódio de violência. De acordo com o recurso apresentado pela Copacabana, dois integrantes da bateria dos Bambas se agrediram fisicamente na parte final do desfile. A punição pedida é de dois pontos na totalização final da nota.
No pedido, a Copacabana sustenta que o conflito teria ocorrido ainda dentro da avenida e que teriam sido usados instrumentos durante a briga. Em sua defesa, o Bambas afirmou que o episódio teria ocorrido após o término do desfile e que ninguém teria se ferido. O julgamento é feito pelos presidentes das entidades, que rejeitaram o pedido.
Correio do Povo