Foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores de Esteio, na sessão realizada nesta terça-feira, o projeto de lei que transforma o festival “Rock na Praça” em patrimônio cultural imaterial da cidade. O evento independente e que há 20 anos tem como objetivo dar visibilidade às bandas autorais nascidas e criadas na Região Metropolitana, agora aguarda sanção do prefeito Leonardo Pascoal para entrar oficialmente no calendário de eventos do município.
“O Rock na Praça é um evento que se constituiu nos espaços públicos de Esteio, especialmente na Praça Coração de Maria, onde sempre foi realizado. A realização do Rock na Praça nas últimas décadas deu forma a um modelo de ato de cultura popular que contribuiu com a identidade do próprio município. O Rock na Praça é, de fato, um patrimônio imaterial da cultura de Esteio, em que a presente proposta dá forma positivada ao que pode ser constatado na realidade social e cultural da cidade”, justifica o autor da proposta, vereador Leo Dahmer. Segundo o parlamentar, a aprovação do projeto é o reconhecimento de que o evento, que tem 20 anos de história, é patrimônio do município. “Desta forma o evento ganha outro status, até mesmo para captar recursos e facilitar financiamentos futuros. O Rock na Praça tem uma importância histórica pelo número de gente, de bandas e artistas que já passaram em suas várias edições nestes anos de resistência”, disse Dahmer.
O organizador do evento e produtor cultural, Ricardo Varela, garante que, em 20 anos, mais de 600 bandas já passaram pelo palco do Rock na Praça. “Já tivemos o prazer de receber bandas de quase todos os estados do Brasil e de países como Chile, Argentina, Uruguai e Austrália. Agradecemos a todos pelo apoio por este momento histórico e agora aguardamos a sanção do nosso prefeito.” Segundo ele, o evento surgiu como uma alternativa à falta de espaços em casas de shows e na mídia para artistas iniciantes.
O Rock na Praça é uma grande vitrine como forma de fomentar o trabalho de novos artistas e alavancar a nova geração de músicos e musicistas que vem se desenvolvendo em todo o Rio Grande do Sul. “São duas décadas de evento e isso não é pouca coisa. Tem gente que frequenta o evento hoje e que nem tinha nascido quando ele começou”, ressalta Varela.
Fernanda Bassôa