O objetivo é racionalizar e prevenir prejuízos ainda maiores provocados pela estiagem dos últimos dois meses, que registraram volumes de chuva muito reduzidos para o período. Conforme as medições mais recentes, a Barragem de Sanga Rasa, a principal do município, apresenta 5,10 metros abaixo do normal, que é de 12 m. Já a Emergencial está 75 centímetros aquém do ideal e a do Piraí tem redução de 1,65 metro.
O Daeb orientou a população para que racionalize o consumo, evitando lavar carros e calçadas e consumindo somente o imprescindível. No comércio, a procura por água mineral dobrou nos últimos dias, e os estoques são repostos diariamente.
Em dezembro, choveu 84,5 milímetros na cidade, índice 15% abaixo da média do período. A situação se agravou em janeiro, quando foram registrados 50,5 mm, quase a matade do volume normal. Em fevereiro, ainda não choveu. Na última quinta-feira, o prefeito Divaldo Lara decretou situação de emergência.
A futura Barragem de Arvorezinha, prevista para ser uma alternativa diante do quadro de estiagens na cidade, teve as obras embargadas pela Justiça Federal em 2012, após a investigação apontar supostas irregularidades na execução. A liberação foi em 2017, sendo necessário se reiniciar todo o processo. Segundo o Daeb, duas empresas realizam os projetos executivos e ambientais para que ainda em 2018 as obras possam ser efetivamente retomadas.
Hulha Negra, na Região da Campanha, Pedras Altas, Morro Redondo, Cristal e Amaral Ferrador, no Sul do Estado, também estão em situação de emergência devido à estiagem. Os municípios têm problemas no abastecimento e prejuízos na agricultura.
Correio do Povo