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Verão

Especial

Bairros de Eldorado do Sul seguem com ruas alagadas após enchente

Enquanto água do rio Jacuí baixa, moradores trabalham na reconstrução e limpeza

Na rua Dique, bairro Cidade Verde, água ainda toma conta da via | Foto: Guilherme Almeida

A Prefeitura de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, montou quatro bases de monitoramento e recebimento de doações em locais alagáveis do município, nos bairros Vila da Paz, Chácara, Cidade Verde e Picada, este último na divisa com a Ilha da Pintada, na Capital. No Cidade Verde, a situação foi mais crítica após os temporais do começo da semana, e ruas desta área seguem alagadas nesta sexta-feira. Segundo o secretário municipal de Planejamento, Josimar Cardoso, cerca e 15 famílias foram retiradas da região e alojadas no ginásio municipal.

“Na terça-feira, reunimos toda a Prefeitura e fizemos um plano emergencial, onde avisamos todos os moradores para subir os móveis, e retiramos as famílias das áreas de risco. Quando a água subiu, a situação já estava contornada. Se alguém mais precisava ser retirado, fazíamos isto”, observou Cardoso. Ainda conforme ele, há uma preocupação do município com a mudança para o vento sul, que represa as águas do rio Jacuí e as joga para dentro da cidade.

“Segue o alerta para que moradores não baixem os móveis. Mas, por enquanto, o vento está favorável, e o rio já baixou consideravelmente”. De quinta para sexta, a redução foi de 15 centímetros. A cota de cheia do município é 3,35 metros, sendo que, em 2015, na segunda maior enchente da história de Eldorado do Sul, o nível alcançou 2,90 metros, afetando quase 50% da cidade. Agora, a marca atingida foi de 2,46 metros.

Habitantes da área somente conseguem circular de botas em áreas como a rua Dique, próxima a um banhado do Jacuí. “Já baixou, porém estamos de olho”, comentou a operadora de máquinas Renata Aguiar Valges, moradora de uma residência nos fundos. A água entrou em sua casa, fazendo com que ela, mais o marido e o filho, de 17 anos, fossem para a da mãe dela, que fica no terreno da frente, ao contrário do que ocorreu há oito anos, quando invadiu ambas as residências.

Na Picada, o caseiro Thomas Martins estava andando de pés descalços em uma das ruas do bairro. “É a primeira vez que vejo algo assim”, comentou ele, que havia saído do trabalho pouco antes. Além dos pontos de coleta e da realocação temporária de famílias, a Prefeitura de Eldorado do Sul também pôs na rua um carro de som, que alerta aos moradores a possibilidade de alagamentos das áreas de risco ao menos até este sábado.

Felipe Faleiro