A Câmara de Vereadores de Campo Bom começa nesta quarta-feira a coletar os primeiros depoimentos da CPI instaurada para apurar o problema no sistema de oxigênio do Hospital Lauro Reus, que ocasionou a morte de seis pacientes. Os trabalhos iniciam no começo da tarde e estão previstos três depoimentos. A comissão deve ouvir testemunhas, funcionários e membros da direção do hospital. Os trabalhos da CPI ocorrem em sigilo e um relatório deve ser publicado ao fim das investigações.
O presidente da CPI, vereador Jerri Moraes (MDB), explica que, desde sua instituição, a comissão tem se reunido toda a semana. “Estamos lidando com um tema muito delicado. Todos os passos da CPI precisam ser precisos e a nossa atuação é muito responsável”, detalha. “A partir desta quarta vamos começar a ouvir as pessoas envolvidas no fato em questão. Serão três nessa primeira audiência e nas próximas semanas devem ser quatro depoentes por encontro”, acrescenta Jerri, destacando que estão previstas novas oitivas para os dias 20 e 22 de abril.
Instalada na sessão de 22 de março e com a primeira reunião realizada no dia 24, a CPI tem prazo de 90 dias para ser finalizada, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias. A Air Liquide, empresa responsável pelo fornecimento de oxigénio do hospital já encaminhou respostas aos questionamentos feitos pelo Ministério Público, que também está com investigação em andamento, com foco em descobrir a causa da pane, e se houve de fato desabastecimento de oxigênio ou falha no sistema. A promotoria aguarda ainda as informações da administração do Lauro Reus com prazo até a próxima semana.
A direção do hospital segue dando andamento à sindicância aberta ainda no dia do ocorrido, no dia 19 de março, e afirma que tem prestado todos os esforços no sentido de colaborar com as autoridades competentes, bem como com as instituições sobre todo e qualquer fato necessário.
Stephany Sander