person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Casal do bairro Partenon tem casa destruída no temporal e reclama de descaso da Prefeitura

Após queda de árvore devastar residência há mais de uma semana, luz ainda não retornou ao local

| Foto: Maria Eduarda Fortes

O casal de aposentados Joaquim Souza Filho e Leonir Salat de Souza, ambos com 80 anos, estava em casa na noite de terça para quarta-feira da semana passada quando uma enorme árvore caiu sobre a residência deles, na rua Tobias Barreto, bairro Partenon, em Porto Alegre. Após o temporal destruidor da ocasião, a família viveu horas de angústia, contando com a ajuda dos vizinhos, que quebraram um muro lateral para que os dois, mais o filho Gabriel Salat, servidor público, e a esposa dele, a fonoaudióloga Ana Guerra, pudessem sair.

Mais de uma semana depois, a frente da casa segue convertida em um monte de entulhos, que na manhã desta quarta-feira permaneciam no pátio. A árvore, por sua vez, foi cortada em vários grandes pedaços, e continuava na calçada. Prefeitura, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e inclusive o Exército “nada fizeram”, dizem eles, que continuam morando no local. Os vizinhos confirmam. “Eu estava sentado ali”, afirma Joaquim, apontando para a frente da casa, a área mais danificada, “e deu aquele estouro todo. Quando menos esperamos, caiu tudo em cima de nós, pedaço de parede e do telhado”.

Este último, ele conta, havia sido reformado há cerca de seis anos. Há, no casal, que está junto há mais de 50 anos, um misto de desolação, angústia e um sentimento de abandono, já que, no máximo, os órgãos públicos “vêm para tirar foto e vão embora”, informa Leonir. Apesar de não terem se ferido, diante da tragédia material eles preferiram ficar na casa, à qual sobraram intactos o banheiro, a cozinha e dois quartos, enquanto as salas de jantar e estar foram destruídas.

Em parte, a opção foi porque este é o único imóvel de Joaquim e sua esposa, que têm, além de Gabriel, mais dois filhos, oito netos e uma bisneta ainda bebê. “A Prefeitura vai ter que nos pagar este estrago. Não fosse o vizinho fazer um buraco ali do lado, estaríamos presos aqui dentro até agora. O (prefeito Sebastião) Melo, quando fez campanha (à Prefeitura), veio aqui com chapéu de obra e disse que a questão seria resolvida”, prosseguiu Leonir. Há luz da CEEE Grupo Equatorial na região, cuja demora para a resolução do problema eles dizem compreender.

De acordo com a aposentada, ela mesma tinha um protocolo de poda e outro vizinho, ao menos quatro para o mesmo vegetal. Leonir e Joaquim afirmaram que vão reconstruir a residência, mesmo que leve muito tempo. O abastecimento de água retornou ao local depois de três dias e um novo poste foi providenciado por um familiar, e chegará no final da semana. “Há uns oito meses, uma engenheira da Prefeitura disse que a árvore já estava condenada. Já disseram também que a árvore não pertencia a nós. E agora, a quem pertence o estrago?”, questiona a aposentada.

Felipe Faleiro