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Especial

Centenas de trabalhadores terceirizados protestam por melhores salários na Refap, em Canoas

Funcionários afirmam que salários pagos pela Petrobras e terceirizadas são 30% menores no RS do que em outras refinarias do país

Funcionários tomaram a avenida Antônio Frederico Ozanam, junto a um dos acessos da refinaria, em Canoas | Foto: Guilherme Almeida

Em assembleia realizada na manhã de hoje, junto a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na Região Metropolitana, trabalhadores terceirizados da Petrobras decidiram decretar estado de greve. Eles montaram uma comissão e se reuniram mais tarde na sede do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre (Stimepa), para avaliar os termos. Foi o segundo dia seguido de mobilização de centenas de pessoas, muitas provenientes de outros Estados, no local. O Choque e a Força Tática da Brigada Militar (BM) acompanharam os atos.

Eles pleiteiam aumento de 30% nos salários, além de outros benefícios, equiparando estes valores aos pagos nas demais refinarias administradas pela Petrobras no país. Nesta terça-feira, mais duas pautas foram incluídas no pacote de exigências junto às empresas: sem descontos dos dias paralisados e estabilidade aos membros da comissão. Os funcionários de companhias como Estrutural e Engevale foram contratados para atuar na parada de manutenção iniciada pela Petrobras na última segunda-feira. Integram ainda o movimento funcionários da Darcy Pacheco e Contratec Engenharia.

“Eles não conseguem render em uma situação análoga à escravidão, como é ali [na Refap]. São vestiários totalmente ruins, precarizado, além de outras situações. A entidade sindical vem no formato de conciliadora, e estamos aqui, de maneira pacífica e ordeira para que a paralisação decorra de maneira tranquila para todos”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Porto Alegre (STICC), Jean Pereira, presente na manifestação. 

Segundo ele, “os trabalhadores não aguentaram”, enquanto as empresas foram “totalmente intransigentes, e não quiseram sentar para conversar e receber a pauta”. À tarde, ainda de acordo com Pereira, estava prevista nova reunião de conciliação com as empresas, que teriam seguido não aceitando negociações. Demais demandas inicialmente apresentadas pelos funcionários incluem horas-prêmio de R$ 350, ajuda de custos de R$ 1.500, adicional salarial aos sábados, adesão ao programa de lucros e resultados (PLR), entre outras.

Procurada, a Petrobras já havia se manifestado, afirmando que realiza a contratação da prestação de serviços, e que não interfere nas relações entre as empresas contratadas, trabalhadores e sindicatos. Disse ainda que todas as obrigações quanto aos contratos da Refap foram cumpridas e as atividades de parada programada estavam em andamento de acordo com o planejado. De acordo com a estatal, a duração prevista para a mesma é de três meses, e os investimentos são de R$ 450 milhões.

A Manserv, outra empresa cujos funcionários eram inicialmente apontados como membros do movimento, se manifestou em nota negando que os trabalhadores da companhia estivessem em greve, e que a paralisação “não guarda qualquer relação com a situação de seu contrato”. Disse também que é “parceira da Petrobras na Refap” e “atenta a questões ao entorno de seus contratos, seguirá contribuindo sempre, no que couber, para o equilíbrio das relações”.

Felipe Faleiro