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Verão

Especial

Com abraço coletivo, hospitais da Região Metropolitana realizam atos contra corte de recursos

Mobilização ocorreu em algumas cidades da Região Metropolitana nesta quinta-feira

| Foto: Laira Souza / HPSC / Divulgação / CP

Contrários à implementação do Programa Assistir, anunciado pelo Governo do Estado, e contra o corte de recursos destinados aos hospitais públicos, parlamentares, servidores públicos, profissionais da saúde e comunidade em geral participaram de atos simultâneos nas cidades da Região Metropolitana, nesta quinta-feira, por meio de um abraço simbólico nas instituições de saúde. 

Em Canoas, o abraço aconteceu no Hospital de Pronto Socorro (HPS), ao meio-dia. O ato teve apoio da administração municipal e do prefeito Jairo Jorge – que é totalmente contrário ao Programa Assistir -, tendo em vista que o Município terá um corte de mais de R$ 70 milhões por ano, verba que seria destinada aos hospitais da cidade.

Canoas sedia o segundo maior Hospital de Pronto Socorro do Estado e tem o Hospital Universitário como referência para 156 municípios do Rio Grande do Sul. Conforme a Prefeitura, diante dessa política completamente equivocada proposta pelo Estado, corre-se o risco do fechamento dos hospitais. 

Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo também realizaram atos contra o Programa do governador Eduardo Leite. A secretária de saúde de Esteio, Ana Boll, explica que o Hospital São Camilo vai perder um acumulado de R$ 20,3 milhões de participação do Estado no custeio dos serviços prestados à comunidade local. “Hoje o cofinanciamento do Estado é de R$ 2 milhões mensais. Com o programa, esse valor baixa para R$ 300 mil. Isso vai refletir na prestação e no volume dos serviços. O Município não tem como arcar com esta diferença. É inviável”, disse Ana Boll. 

Segundo ela, os 83 mil moradores da cidade atualmente contam com procedimentos cirúrgicos de média complexidade, atendimentos de partos de alto risco (24 horas de maternidade) e equipe completa para casos de emergência, também 24 horas. “Com a redução significativa dos recursos, estes serviços serão significativamente prejudicados. É ilógico.” Entretanto, a secretária tem a expectativa de que com diálogo e união dos Municípios essa situação possa ser revertida. 

Em São Leopoldo, a vereador e presidente do Legislativo, Ana Affonso, disse que trata-se de um ato de repúdio à esta decisão. “Mesmo que tenha sido adiada para janeiro, não vamos aceitar que sejam feitos estes cortes na saúde pública”, disse Ana, lembrando que a medida faz parte de uma agenda de atividades organizada por vereadores da região, que estão movimentando a população com o objetivo de impedir que o programa seja levado adiante por Eduardo Leite. 

Programa não será suspenso 

Em nota, o Governo do Estado afirma que o programa não será suspenso. “O Estado segue se reunindo com os hospitais e municípios, verificando a necessidade de saúde da população e analisando as possibilidades de novos tipos de serviço para todas as instituições que tiveram redução de incentivos.” A Secretaria Estadual da Saúde deve se reunir com representantes da Granpal para discutir o programa.  

Fernanda Bassôa