De acordo com o prefeito Ary Vanazzi, que convocou coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira para tratar do tema, a casa de saúde, além de atender a demanda de 40 mil pacientes da cidade, tem suprido os serviços dos hospitais de Canoas e Sapucaia do Sul, que também anunciaram a suspensão de alguns serviços médicos.
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"Estamos denunciando nossas dificuldades financeiras há dois anos, inclusive tendo entrado na Justiça para o Estado pagar a dívida de R$ 80 milhões referente ao serviço de Neurologia para várias cidades. Não temos mais condições de atender a população, sem médicos e sem dinheiro", enfatizou, salientando que, para a manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Scharlau, são R$ 2,275 milhões em atraso e que o SAMU da cidade só tem se mantido por esforço dos funcionários do órgão.
"Vamos reduzir consultas e cirurgias a partir desta quinta-feira. Serão 290 consultas e 170 cirurgias a menos por mês. Nosso hospital está sendo bancado com apenas R$ 235 mil, pagos de maneira parcelada, e que só está sendo pago graças à ação judicial", complementou.
O que diz o Estado
Sobre a situação dos hospitais do Estado, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que os recursos federais têm sido repassados integralmente para os hospitais e o saldo da média e alta complexidade foi pago na terça-feira (20) com recursos do Estado. Informou que estão em aberto duas competências dos incentivos estaduais, que totalizam R$ 130 milhões, e garante que o esforço é para pagar uma competência ainda em novembro. A SES informa que, em 2018, entre recursos estaduais e federais, foram repassados aos hospitais cerca de R$ 2 bilhões, valor superior ao destinado ano passado.
Stephany Sander