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Verão

Especial

Começam os estudos para criação de uma pista específica para ciclistas no Parque Marinha do Brasil

Medida do prefeito Sebastião Melo visa terminar com mal-estar entre ciclistas e skatistas após polêmica com mega rampa na orla do Guaíba

O skate e a prática do BMX (modalidade de ciclismo, conhecido por algum por bicicross) já dividiram muitos espaços, mas desde a inauguração da mega rampa na orla do Guaíba, em Porto Alegre, o assunto sobre quem pode utilizar o local se tornou uma controvérsia e criou um afastamento entre os dois universos na cidade. A prefeitura anunciou que skatismo e patinação são os esportes compatíveis junto ao Skate Park, nome da pista. A decisão causou indignação a muitos ciclistas. Após declarações do prefeito Sebastião Melo sobre a criação de uma pista no Parque Marinha do Brasil específica para os praticantes do BMX, estudos são feitos para que atual Velódromo, esquina com a avenida Ipiranga, seja este lugar.

Segundo a Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), os ciclistas do BMX “teriam todas as condições técnicas (e de segurança) para a prática do esporte, uma vez que a pista seria construída de acordo com as normas técnicas da modalidade”. Além das bicicletas (BMX), patinetes e quaisquer veículos automotores também estão proibidos de circular no Skate Park. A pista ganhou certificação da Confederação Brasileira de Skate para a prática deste esporte e para fins de competições nacionais e internacionais, recebendo, inclusive, a delegação da seleção brasileira da modalidade para treinos. A Smelj prevê a conclusão dos estudos ainda este ano para desenvolver o projeto da pista no Marinha.

Duas culturas que se costumaram a andar por caminhos radicais de mãos dadas, crescendo no underground e que, recentemente, encontraram uma popularidade que demorou ano para conquistar, skatistas e ciclistas protagonizaram debates sobre a utilização da mega rampa. Recentemente, o diretor do Departamento de BMX Freestyle da Federação Gaúcha de Ciclismo (FGC), Fabiano Garcia, admitiu que há ciclistas que usam a mega rampa escondidos até aparecerem guardas municipais no local. Em um debate sobre o tema na Câmara Municipal, ele ponderou que praticantes de outros esportes não deveriam ser impedidos de utilizar o Skate Park, já que foi construído com dinheiro público. “O edital de manutenção da pista diz que o skate estraga mais do que a bike. Não sou eu que estou dizendo, é a própria Prefeitura, está lá no edital sobre a adoção da pista”, acrescentou, na ocasião.

O presidente da Federação Gaúcha de Skate (FGSKT), Regis Lannig, reforça que não há rixa entre os praticantes dos dois esportes. “A questão é que sempre no organizamos para criar iniciativas e provocar o poder público e não o contrário. Os skatistas se mobilizaram para ter a sua pista. Acho sensacional que os ciclistas tenham sua própria pista”, ressaltou. Lannig reforça que a questão básica da discordância é de ordem técnica. “A rampa foi criada para a prática do skate, apesar de serrem similares, pistas para BMX são diferentes. Inclusive, no X Games, a ‘olimpíada dos esportes radicais’, as modalidade são disputadas em locais diferentes”, explica.

Christian Bueller