Segundo Arpini, uma das médicas que estava de plantão no dia e trabalha há 25 anos na casa de saúde foi afastada, mas o Cremers pede a reversão desse quadro. "A médica foi avisada 1h20min após o erro ter sido cometido e percebido por uma profissional que estava trabalhando havia 10 dias no Centenário e já estava em um dos setores mais críticos do hospital que é a UTI Neonatal”, disse.
Com o atestado de óbito do bebê em mãos, ele lamentou o fato em nome do conselho e destacou que a morte foi ocasionada devido a uma quantidade de 35 mililitros de leite administrada no acesso venal, e não nasal do bebê. “São acessos completamente diferentes, um no nariz da criança e o outro no braço”, salientou. O leite teria sido administrado por uma técnica em Enfermagem.
A Polícia Civil investiga se houve negligência no caso e aguarda a conclusão do laudo da perícia para finalizar o inquérito. O hospital instaurou sindicância e afastou a equipe que estava de plantão na UTI Neonatal atendendo a criança. Em nota, a direção do Centenário afirmou que não tem conhecimento sobre a ação que o Cremers anunciou, não tendo sido notificada. A instituição se diz aberta ao diálogo e ao acompanhamento dos Conselhos das categorias às ações que já está executando em relação ao caso.
Familiares protestam
Na quarta-feira, familiares protestaram em frente à casa de saúde. Segundo a mãe, Joceli Alves de Oliveira, mais ações estão programadas. “Queremos que o caso dele não seja esquecido e por isso vamos fazer uma caminhada no sábado’, diz ela, que também deu à luz uma menina. Os gêmeos nasceram prematuros, mas Miguel ficou internado por mais tempo para ganhar peso.
Stephany Sander