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Elevação do nível do Guaíba preocupa moradores das ilhas

Chuva no interior fez o nível do Guaíba subir consideravelmente entre a tarde de domingo e a manhã desta segunda

Em alguns pontos da Ilha da Pintada, só era possível acessar de barco em função do aumento do nível do Guaíba | Foto: Mauro Schaefer

Apesar do tempo firme e céu encoberto nesta segunda-feira, a elevação do nível do Guaíba voltou a assustar na Capital, principalmente para os moradores do Arquipélago. Muitos ainda mantém os móveis e eletrodomésticos elevados com medo de que suas casas sejam novamente atingidas.

Este é o caso de Marcos Visintainer, que mora na Ilha da Pintada há mais de 40 anos. Ele relata que a água subiu rapidamente entre a tarde de domingo e a manhã desta segunda. “Eu saí de casa de tênis e tive que voltar de bota. Minhas coisas estão tudo elevadas. Agora temos que esperar para ver se baixar a água para voltar a limpar a casa”.

Marcos relata ainda que preferiu não sair de casa, com medo de que seus pertences sejam furtados e também para cuidar dos animais de estimação que ficam no pátio da residência. Apenas a mãe dele, que possui mobilidade reduzida, saiu do imóvel nas últimas semanas, mas retornou rapidamente para visitar sua casa na tarde desta segunda.

Em outro ponto da Ilha da Pintada, o morador Paulo Roberto Marques também está com mesmo receio de que o Guaíba volte a subir. “A casa já é mais alta, mas ainda não vamos baixar os móveis e eletrodomésticos. Acompanhamos a previsão e tudo indica que vem mais chuva pela frente”.

Circulando pela ilha é possível ter uma dimensão do quanto a água subiu em poucas horas. O relato dos moradores de uma área mais ribeirinha é de que, apesar de a água não ter escoado desde a enchente histórica do dia 27 de setembro, as calçadas altas seguiam como refúgio para a passagem de moradores. 

Com a alta desta segunda, tanto calçadas como a entrada e pátios de casas ficaram completamente alagadas. Em alguns pontos, só era possível entrar de barco. Uma imagem que chamou a atenção também foi a de um Fusca praticamente debaixo d’água. Paulo Roberto conta que no dia 27, ele e outros vizinhos precisaram amarrar o veículo para que ele não fosse levado pelo leito.

A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) segue com um abrigo provisório na Ilha da Pintada. Até a tarde desta segunda-feira, o local estava recebendo 86 pessoas desabrigadas que residem no bairro Arquipélago. Segundo a Fasc abrigo será utilizado enquanto for necessário.

A última medição realizada pelo Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic) apontava que o nível do Guaíba estava em 2,56 metros, seis centímetros acima da cota de alerta da Defesa Civil. Entretanto, desde as primeiras horas desta segunda o nível tem variado entre 2,55m e 2,57m.

De acordo com a MetSul Meteorologia, o tempo estável deve seguir nesta terça-feira, mas a chuva deve retornar na quarta e na quinta, com volumes podendo superar os 30 milímetros no acumulado.

Rodrigo Thiel