Segue o imbróglio envolvendo a demolição do edifício Galeria XV de Novembro, popularmente conhecido como Esqueletão no Centro Histórico de Porto Alegre. O processo para a demolição foi embargado por falta de segurança para os trabalhadores no final de fevereiro e, até o momento, não teve a situação normalizada.
Conforme o engenheiro Manoel Jorge Diniz, responsável pelo processo de demolição realizado pela Demolidora FBI, a empresa está realizando as providências indicadas pela Superintendência de Porto Alegre do Ministério do Trabalho e Emprego. Nas últimas semanas, um relatório foi apresentado pela empresa à pasta, que fez considerações.
Conforme a Superintendência do MTE na capital, este primeiro pedido foi negado por não terem se adequado às solicitações feitas. Uma reunião foi realizada na última semana, com o objetivo de esclarecer sobre as melhorias que devem ser executadas. Além disso, a pasta cita ainda que aguarda uma nova solicitação da empresa para ser analisada.
Diniz ressaltou que a complementação das adequações serão apresentadas em uma nova reunião com a Superintendência do MTE em Porto Alegre. “Estamos dando sequência aos trabalhos de preparação e aguardando a liberação do ministério para retomar a demolição. Reforço que a empresa está conduzindo tudo com muita responsabilidade”, apontou o engenheiro.
A demolição do icônico prédio abandonado na praça XV de Novembro foi embargada no dia 27 de fevereiro depois que o Ministério do Trabalho identificou irregularidades nas condições para os trabalhadores. Entre elas, estava o risco de queda e materiais em vãos nos pisos e nas caixas de elevadores. A empresa responsável pela demolição ainda estava na primeira etapa do processo, que consistia na instalação de medidas de proteção.
Questionado se o embargo refletiu em atrasos no prazo definido inicialmente para a demolição do prédio, Diniz relatou que ainda não foram feitos relatórios para verificar se haverá demora no processo. “Quando foi aplicado o embargo, ainda estávamos tomando todas as providências e não havíamos iniciado a demolição. Teremos que confrontar o cronograma anterior com um novo para comprovar se houve atraso ou não”, finalizou o engenheiro.
Rodrigo Thiel