Diante dos constantes problemas de falta de água potável para famílias que residem em localidades do interior do município, a Administração Municipal de Alpestre, no Norte do Estado, decidiu implantar um sistema de captação e tratamento de água trazida na barragem da Usina Foz do Chapecó, no rio Uruguai. A Estação de tratamento é constituída por um conjunto de caixas d’agua, cujo funcionamento se dá por meio de processos físico-químicos, tendo como principais agentes a decantação, floculação, filtragem e desinfecção. A ETA é composta por quatro reservatórios de tratamento e quatro de armazenamento.
Após tratada, a água é canalizada para uma estrutura composta de 10 reservatórios de 20 mil litros – da estação antiga – na distribuição final às famílias ainda serão utilizados mais sete reservatórios de 20 mil litros cada. A rede de distribuição, através da qual a água chega às residências das famílias, possui 130 mil metros de extensão.
Segundo o prefeito de Alpestre, Waldir Zasso, a água é captada no lago da usina e canalizada por uma tubulação de 2,3 mil metros até a ETA e dali, após tratada, é distribuída às famílias. “Com esse empreendimento estaremos beneficiando com água potável, 399 famílias, os moradores das localidades de Volta Grande, Alto Alegre, Encruzilhada Dom José, Dom José, Boa Esperança, Taquaruçú e Encruzilhada Gaúcha”, disse.
Zasso informou, ainda, que as obras iniciaram em agosto deste ano e a estrutura deve entrar em funcionamento antes do final de 2020. “A ETA terá 420 mil litros de reservatório e complementa outra estrutura que já havia no local e desta forma solucionamos um problema histórico de desabastecimento”, afirma. A estação que terá capacidade de tratamento de 30 mil litros de água por hora tem um custo de R$ 800 mil e são aplicados recursos do próprio município, informa a Administração Municipal.
Emergência
Alpestre é um dos municípios do Rio Grande do Sul que decretou situação de emergência em razão dos problemas de falta de água na zona rural. Atualmente cinco caminhões-pipa (dois da prefeitura e três contratados) transportam, diariamente, 100 mil litros de água potável da Corsan para localidades da zona rural. “A prolongada estiagem provocou a redução drástica do nível da água de rios, açudes, fontes naturais e até de poços artesianos”, disse o prefeito Zasso.
Agostinho Piovesan