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Verão

Especial

Estiagem se agrava em Bagé

Como ação para amenizar os efeitos do racionamento, a autarquia investe em caminhões-pipa para apoiarem o abastecimento

Caminhões-pipa ajudam no abastecimento de água na região | Foto: Maria Eduarda Lemos / Especial CP

No dia em que o racionamento de 12 horas completa um mês em Bagé, a escassez de água segue se agravando na Campanha. A Barragem da Sanga Rasa, principal fonte de abastecimento da cidade, está 6,40 metros abaixo do normal, nível preocupante para o Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb).

Como ação para amenizar os efeitos do racionamento, implantado há exatamente um mês, a autarquia investe em caminhões-pipa para apoiarem o abastecimento. No total, são quatro veículos que atendem as necessidades nas zonas urbana e rural. A novidade é os dois caminhões-pipa que foram confeccionados a partir de um tanque inservível de 28 mil litros doado há alguns anos pela Receita Federal e que estava parado por não ter carreta para transportar e por ser muito grande para manobrar.

A partir disso, foram construídas duas pipas, uma de 10 mil litros e outra de 15 mil litros. O investimento foi de R$ 90 mil. Segundo o DAEB, um veículo novo, de 10 mil litros custa R$ 150 mil. A autarquia ainda possui um caminhão-pipa alugado, de 15 mil litros e conta ainda com o caminhão do Exército, que possui capacidade de 12 mil litros. O veículo militar está atendendo no momento o Presídio Regional de Bagé. Com isto, outros caminhões da autarquia podem fornecer água para mais locais da cidade.

Mesmo com o racionamento que dividiu a cidade em duas zonas, tendo o fornecimento suspenso por 12 horas todos os dias em cada uma das áreas, o DAEB percebeu um aumento no consumo diário da população. Segundo os dados de leitura dos hidrômetros, em dezembro a média diária de consumo foi de 17.051 metros cúbicos. Em janeiro, este número cresceu para 18.343 metros cúbicos e em 27 dias de fevereiro, o consumo chegou a 18.963  metros cúbicos. O Daeb alerta a população para  este consumo elevado e que a escassez de chuva segue na cidade. As outras barragens também estão com níveis baixos, sendo a Piray 3,70 metros negativos e a Emergencial 0,60 centímetros abaixo do vertedouro.

O Departamento pede que as pessoas cuidem de vazamentos internos e até mesmo torneiras pingando. O Daeb lembra ainda que segue proibido o uso de água da rede pública para situações que não são prioritárias. A mesma proibição ocorre em Pelotas, maior cidade da zona sul. A Barragem Santa Bárbara, que abastece 60% da cidade, está 2,61 metros abaixo do nível ideal, mas como a Estação de Tratamento de Água está operando a pleno não há problemas de abastecimento, conforme o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (SANEP). A autarquia segue fornecendo água, por meio de caminhões -pipas para 3,2 mil famílias. Os dois municípios estão incluídos na lista de mais de 350 que decretaram emergência em função da estiagem.

Angélica Barcellos