O engenheiro Lucas Rangel, integrante do consórcio contratado pela Metroplan e responsável pela apresentação, reforçou a finalidade do diagnóstico visando ações de mitigação dos efeitos da chuva e informou que as análises foram baseadas em estudos hidrológicos, mapas de inundações e interferências do Sinos em áreas urbanas. “Entre as soluções estruturais estão a construção de diques e intervenções buscando melhorias nos canais dos arroios.”
Rangel explicou ainda a que a definição da zona de passagem de cheias depende das condições hidráulicas do escoamento. “As zonas de restrição de ocupação e de baixo risco são escolhidas com base no risco que se deseja assumir na convivência com as enchentes. A mitigação está relacionada ao crescimento da ocupação desordenada. É por isso que o estudo foi feito e pensado a partir de uma atuação integrada entre os municípios.”
O estudo levou em consideração especialmente Sapucaia do Sul (arroio José Joaquim), Esteio (arroios Esteio e Sapucaia), Canoas e Nova Santa Rita. Porém, dados sobre a situação de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga e Portão também foram considerados. O prefeito de Sapucaia, Luis Rogério Link, disse que o município tem muitas áreas ocupadas de forma irregular. “Sabemos da dificuldade de remover famílias da mancha do Sinos e manter esses locais desocupados. O projeto apresentado pela Metroplan é interessante na medida em que traça um diagnóstico para que consigamos resolver a situação das inundações e, no futuro, trabalhar para amenizar as cheias que atingem nossa população mais carente.”
Fernanda Bassôa