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Verão

Especial

Faltando menos de uma semana, comerciantes abaixo do Esqueletão dizem desconhecer demolição do edifício

Trabalhos por parte de empresa terceirizada da Prefeitura começam na próxima segunda-feira em Porto Alegre

Trabalhos iniciam no dia 8 e devem durar 120 dias, conforme cronograma da Smoi | Foto: Guilherme Almeida

Daqui a menos de uma semana, na próxima segunda-feira, começa enfim a demolição do Esqueletão, no Centro Histórico de Porto Alegre, após anos de espera por parte de quem mora e trabalha na região. Os trabalhos, que devem se estender por 120 dias e estão orçados em R$ 3,79 milhões, estão a cargo da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). A empresa responsável será a FBI, e o cronograma prevê a demolição manual dos nove andares mais altos, assim como uma área térrea junto à rua Otávio Rocha.

Depois, haverá a implosão dos andares restantes. A remoção do entulho ocorrerá à noite, ainda conforme a Smoi. Ainda que a secretaria tenha informado, em dezembro, que haverá isolamento do perímetro e os moradores serão removidos por três dias, na véspera, no dia e um dia após, proprietários de comércios abaixo do edifício afirmaram ontem que desconheciam os trabalhos da Prefeitura, o que impede inclusive a formulação de um plano para o período do fechamento.

“Tu está me informando agora”, relata o gerente de uma loja de roupas aberta há cerca de oito meses na Otávio Rocha, Jonas Ismael Pereira. “Vai acabar caindo alguma coisa ou outra, e aí vou ter que questionar a Prefeitura como vou fazer. Se isso acontecer, também acho que vai atrapalhar bastante. Temos metas a cumprir”, disse ele, que é morador de Canoas, na região metropolitana. O temor é que os trabalhos de demolição e posterior implosão impactem no comércio de roupas de verão, um dos carros-chefes da loja.

A proprietária de outra loja próxima, mas de roupas femininas, que não quis se identificar, afirmou que as paredes atrás de seu negócio fazem divisa com o Edifício Galeria XV de Novembro, nome oficial do Esqueletão. Conforme ela, que trabalha na área há mais de 40 anos, há muita sujeira e umidade vindos do prédio, e ainda o local é inseguro. “Soube que sairiam nas notícias, mas não vimos nada. Concordo que é preciso demolir, este prédio nos traz diversos problemas”, disse a proprietária.

Gerente de uma loja de artigos para smartphones aberta há quatro anos, Maritania dos Santos afirmou que, com certa frequência, ouve o barulho de detritos caindo no telhado de seu comércio, e que a demolição terá impactos nas vendas. “As obras do Quadrilátero Central aqui na Otávio Rocha já não ficaram como queríamos, e agora mais isto. Certamente também vai causar barulho e alguns prejuízos”, disse Maritania. Procurada para comentar a respeito, a Smoi disse que vai agendar uma entrevista coletiva para “especificar todas as questões” sobre o esquema de demolição do Esqueletão, e que representantes dos comerciantes também serão convocados.

Felipe Faleiro