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Verão

Especial

Greve, vigília e atos descentralizados marcam a luta de trabalhadores pelo pagamento das rescisórias

Profissionais da saúde do Hospital de Viamão seguem em estado de greve diante da possibilidade de demissão sem indenização

| Foto: Carlos Alexandre / Sindisaúde / CP

Os trabalhadores da saúde do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, seguem em greve e em sistema de vigília, com a realização de atos e protestos em frente à instituição de saúde. A mobilização dos cerca de 400 funcionários é pelo pagamento das verbas rescisórias pela Fundação Universitária de Cardiologia, que deve deixar a administração da casa de saúde na próxima semana. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado (Sindisaúde-RS) garante que 30% dos trabalhadores estão realizando os atendimentos no local, mas estão sendo mantidos apenas os casos de urgência e emergência. Ou seja, atendimentos de casos mais graves.

Em Alvorada, onde a gestão do hospital agora é feita pela Associação Beneficente João Paulo II, que deu entrada com equipe própria, a categoria decidiu por suspender o sistema de vigília e realizar ações descentralizadas a fim de pressionar o Governo do Estado para efetuar o pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários demitidos. Nesta quarta-feira uma nova mobilização acontece em frente à Prefeitura de Alvorada, a partir das 9horas, e na quinta-feira em frente à Assembleia Legislativa antes da mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-4) que está marcada para as 14h. Trabalhadores do Hospital de Viamão seguem em estado de greve.

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) acompanha de perto o verdadeiro colapso da saúde, semelhante ao contexto geral vivenciado nos últimos meses na Região Metropolitana do estado. O diretor-geral do Simers, Fernando Uberti, que vem coordenando a atuação da entidade nesta pauta, esteve presente ainda na segunda-feira, no hospital de Alvorada para verificar a situação.

Na oportunidade, foram constatados diversos problemas para o exercício profissional de diversas categorias e para a assistência em saúde, como a falta de recursos humanos para o atendimento à população, falta de obstetras e a insuficiência de novos funcionários, com profissionais sem saber quem assumiria o novo plantão. De acordo com Uberti, uma situação que já vem sendo alertada pela entidade desde o ano passado, quando se iniciou a crise nos hospitais de Alvorada e Cachoeirinha.

“Infelizmente, isso não é novidade, uma vez que não houve uma transição planejada. Não houve previsibilidade para as questões trabalhistas e já entramos na Justiça para suspender essa transição e fazermos as coisas de forma minimamente planejada. O que houve foi uma transição sem qualquer planejamento quanto à continuidade da assistência, e, obviamente, colocando em risco a vida das pessoas”, destacou.

Fernanda Bassôa