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Verão

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Guaíba baixa dez centímetros em 24 horas em Porto Alegre, porém água segue nos pátios de casas

Na Ilha das Flores, quarta-feira foi mais um dia de avaliação dos estragos

Água invadiu pátio da aposentada Loreni Rosane Poncio, na Ilha das Flores | Foto: Guilherme Almeida

A água seguia alta nesta quarta-feira em parte das ilhas de Porto Alegre, com o vento atuando para represar o fluxo no Guaíba. Os moradores, por sua vez, relatam constante preocupação, mas afirmam também já estarem acostumados, mesmo depois de décadas de transtornos. Na Ilha das Flores, a quarta-feira novamente foi dia de avaliar os estragos e retirar a água do que fosse possível, como na Rua do Pescador, um dos principais acessos ao local. Ali, há duas realidades. 

Do lado esquerdo de quem vai no sentido da BR-290 em direção a Eldorado do Sul, o fluxo do Guaíba segue normalmente. Já do lado direito, os habitantes vivem a preocupação de a água invadir os pátios e danificar as estruturas. Não são poucas as construções feitas acima do nível do chão, em razão da possibilidade de enchentes. “Além disso, não temos asfalto, e queremos muito isto. Parece que todo investimento vindo para cá vai para o outro lado da ilha”, comenta a aposentada Loreni Rosane Poncio, 56 anos.

Em 2015, outra grande enchente chegou próxima da rua, prejudicando ainda mais os moradores. Ainda que, na residência de Loreni, a água do Guaíba não tenha entrado, ela invadiu o pátio, onde há alguns animais, como cães e uma cabra. O pátio é de terra, e, apesar da situação precária, a moradora diz não perder a fé em dias melhores. Outros habitantes da área não tiveram a mesma sorte, embora o Guaíba tenha recuado, segundo as medições da Agência Nacional de Águas (ANA). 

Hoje, no começo da tarde, o nível estava em 1,84 metro, cerca de dez centímetros mais baixo do que no mesmo horário do dia anterior. A Defesa Civil Municipal reforçou que os agentes têm conhecimento da área, e materiais de primeira necessidade, como lonas, colchões, cobertas e alimentação, são distribuídos conforme demanda. Em relação ao mais recente ciclone, foram recebidas duas solicitações de moradores da Ilha das Flores, onde as famílias receberam lonas para a cobertura das residências. Conforme nota do órgão, o monitoramento continuará e a região “sempre teve uma atenção especial da Defesa Civil”.

Felipe Faleiro