O hospital tem 120 leitos, destes dez são de UTI e estão desativados desde 2016. O estabelecimento atende pacientes de dez cidades da região e é referência na rede materno-infantil para os municípios de Santana da Boa Vista e Morro Redondo. “Em curto prazo, não temos solução, logo, se o hospital parar, a região entra em colapso.” O contrato com o município está em dia e prevê serviços de pronto-socorro, ginecologia, obstetrícia, pediatria e anestesia, no valor de R$ 220 mil por mês.
O gestor afirma que o Estado deve metade dos incentivos relativos a janeiro e, no mês de fevereiro, não pagou nem os incentivos nem a produção. “Recebemos em média R$ 540 mil por mês do Estado, ou deveríamos receber.” Fonseca diz que o dinheiro iria auxiliar a resolver a situação momentânea dos salários. “Temos uma emenda parlamentar de R$ 400 mil que já está em Porto Alegre no Fundo Estadual de Saúde. Acredito que, no máximo em 15 dias, nos repassem.” A ideia é que o dinheiro também seja usado para manter o atendimento.
O Estado confirmou o atraso nos repasses e informou que os pagamentos serão feitos após a quitação dos salários dos funcionários estaduais.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde, Bianca D’Carla, na próxima segunda-feira, os funcionários do hospital devem se reunir e, em uma mobilização, pedir a saída da atual gestão e de alguns médicos.
Angélica Silveira