Com a ajuda de um carrinho de mão, a moradora Adriane Brazil, de 49 anos, sai de casa em busca de donativos. Desde que nasceu, ela reside em uma casa na travessa Manuel Dias da Silva Filho. "É horrível saber que a tua casa pode alagar a qualquer momento. Isso não é vida", relatou Adriane.
Ela é um dos milhares de moradores do bairro Americana atingidos pela cheia do arroio Feijó, em Alvorada. Ela estava em busca de donativos que voluntários de uma igreja entregavam aos atingidos. Desde que alagou sua casa, ela precisa sair com o carrinho de mão em busca de mantimentos. "É um sacrifício, porque a gente tem que sair toda uniformizada. Consegui levantar as coisas antes da água entrar, mas é horrível", completou.
Cerca de 20 quadras do bairro Americana estão alagadas. De acordo com a Defesa Civil do município, 1.037 casas foram atingidas em Alvorada. Os principais bairros atingidos foram o 11 de Abril, Americana, Nova Americana, Sumaré e Cedro.
Já em Cachoeirinha, o Rio Gravataí causa transtornos no acesso ao município. Uma das pistas da avenida General Flores da Cunha, na entrada de Cachoeirinha, está bloqueada para o tráfego de veículos. O nível do rio é tão alto que chega na encosta da Freeway. Em Cachoeirinha, cerca de 550 casas foram atingidas.
Cheia do Rio Gravataí causa alterações no trânsito na entrada de Cachoeirinha. FOTO: Ricardo Giusti
Rodrigo Thiel