Os 282 candidatos realizam neste domingo, no prédio 7, da Faculdade de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUCRS, em Porto Alegre, a prova de seleção para novos integrantes do Conselho Tutelar da Capital. Neste ano, houve mudanças em relação ao certame anterior, com a redução no número de questões de 80 para 60, número mínimo previsto em lei municipal, e a contratação da Fundatec como banca examinadora. As provas iniciaram às 9h10min e os primeiros candidatos concluintes puderam sair uma hora mais tarde.
Quem obter aprovação na prova poderá participar da eleição propriamente dita, que ocorre no próximo dia 1º de outubro. A posse é em 10 de janeiro de 2024 e o mandato vai até 2027. “Esta prova é justamente para avaliar o conhecimento do candidato, principalmente em relação à legislação. Mais tarde, vai importar o trabalho que ele deverá realizar na comunidade, lá na ponta”, afirmou Paulo Meira, coordenador da unidade de apoio aos Conselhos Tutelares de Porto Alegre e conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Ao todo, são 50 vagas para titulares e dez para suplentes, e 307 pessoas estiveram inscritas. Os aprovados e eleitos vão atuar nas dez microrregiões do Conselho Tutelar. “Neste contexto, o trabalho do conselheiro tutelar é muito importante, a fim de viabilizar direitos para este povo, sobretudo nas regiões periféricas, que tem dificuldades financeiras maiores para garantir este acesso”, pontuou Meira.
Conforme ele, a eleição deverá contar com o mesmo número de 92 locais de votação do último pleito, porém o número de urnas deve aumentar para cerca de 300, ou 20% a mais, em razão de problemas na última votação, em que foi registrada demora para votar e desistência de algumas pessoas, já que a participação na eleição para conselheiros não é obrigatória. Também na eleição anterior, a prova prévia foi considerada “muito extensa”, conforme Meira, e houve questões contestadas e anuladas.
O primeiro candidato a sair do local de votação foi Rodrigo Reis, atual gerente do Sine Municipal e que já foi conselheiro tutelar em Porto Alegre. “Foi uma prova bastante tranquila e, na minha opinião, com a dificuldade adequada aos conhecimentos exigidos. Não saiu do que estava prevendo. O teste em si foi também muito bem organizado e acessível. Consegui compreender o que estava sendo pedido”, comentou Rodrigo.
Felipe Faleiro