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Verão

Especial

Mesmo alegando preço 'salgado', consumidores lotam bancas da Feira do Peixe de Porto Alegre

Lojas de chocolate do Mercado Público também registraram grande procura nesta quinta-feira

Prefeito Sebastião Melo visita a Feira do Peixe e critica perfuração do piso do Largo Glênio Peres | Foto: Ricardo Giusti

Na véspera da Sexta-Feira Santa, o movimento se acentuou no comércio de Porto Alegre, refletindo a aposta de comerciantes em boas vendas na data. De olho nas ofertas de produtos para a Páscoa, o público lotou as bancas da Feira do Peixe, no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, nesta quinta-feira. Nas 40 bancas que compõem a feira, consumidores formavam fila para atendimento em busca de peixes e frutos do mar. No Mercado Público e em lojas especializadas de chocolate da região, a presença maciça de público também era notada.  

A diarista Maria Inês Chaves Marques comprou uma tainha e um linguado. Ela se deslocou do bairro Ponta Grossa, na Zona Sul, até o Centro Histórico para garantir a refeição da família na data. “Nem precisei procurar muito, só entrei aqui na banca. A gente não pode fazer muita 'onda', porque está tudo muito caro. É só fazer de conta que vamos comer peixe”, diverte-se. Mesmo com o preço salgado, Maria Inês adquiriu dois quilos de pescado. “A tainha vou assar porque sempre asso. E o linguado vou fazer um filezinho”, afirma.

Mesmo com a reclamação dos consumidores quanto ao preço dos produtos, o movimento nas bancas animava os representantes da Associação dos Pescadores e Piscicultores do Extremo Sul (Appesul). Vice-presidente da entidade e proprietária de uma banca, Roberta Superti afirma que os produtos mais vendidos durante a feira são o bolinho de peixe e o filezinho de merluza. Ela avalia que as boas vendas representam novo fôlego para o setor. “O movimento está acima do que esperado, porque o pessoal deixou para a última hora”, destaca.

Com a grande movimentação de consumidores, os funcionários tinham dificuldade para ter um momento de descanso. “Isso é ótimo, é isso que queremos, chegar sexta-feira e estar tranquilo, ter um pouco de produto para não deixar o pessoal na mão, mas garantir nesta quinta-feira a venda forte”, reforça, lembrado que o setor sofreu por três anos com os reflexos da pandemia. “Esse ano vai dar tudo certo, vamos vender todo estoque e recuperar o prejuízo”, completa.

Ao visitar as bancas, o prefeito Sebastião Melo afirma que a feira do peixe é uma oportunidade para as pessoas consumirem um produto saudável. “É um ato que deveria se estender para o ano todo. E segundo, proporciona ao pessoal das ilhas, que são pescadores, que possam comercializar seus produtos numa feira com tradição”, destaca. Melo adianta que a ideia da prefeitura é realizar feira do peixe também nas zonas Norte e Leste.

Apesar do bom movimento no Largo Glênio Peres, Melo fez criticas às instalações das estruturas. “A empresa furou o chão e não concordo com isso. Estragou o piso do Largo Glênio Peres e nós vamos conversar com eles”, promete.

Se a feira registrava bom movimento de público, em lojas de chocolates o cenário era semelhante. Franqueado de uma loja especializada de chocolate localizada na rua Siqueira Campos, Andrew Romano se desdobrava para atender os clientes . “O movimento está maravilhoso, suprindo uma baixa que teve no Natal. Na Páscoa tem uma tendência de venda bem alta”, revela.

Com produtos novos e acessíveis, a expectativa é alavancar o número de vendas. O preço dos produtos varia de R$ 9,90 a R$ 129,90. “Por falta de opções o pessoal não vai deixar de comprar, só se deixar para a última hora”, brinca. “A demanda retraída agora apresenta uma compensação bem boa, estamos em alta em relação a outras páscoas anteriores à pandemia e agora está suprindo esse período ruim econômico durante a pandemia”, completa.

Felipe Samuel