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Metroviários prometem mobilização no dia 23, mas descartam nova paralisção

Com expectativa de visita do presidente Lula em junho, categoria manteve estado de greve

Metroviários pedem a troca da direção atual e o início das negociações para recomposição salarial | Foto: Maria Eduarda Fortes

Insatisfeitos com a manutenção do processo de privatização da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A (Trensurb), metroviários mantiveram nesta quinta-feira o estado de greve, mas descartaram nova paralisação dos serviços em Porto Alegre e Região Metropolitana. A decisão ocorreu nesta quinta-feira, após assembleia da categoria no prédio administrativo da Trensurb. O Sindicato dos Metroviários do RS (Sindimetrô RS) exige a retirada da empresa do Programa Nacional de Desestatização (PND), que determina a privatização dos serviços.

A categoria recuou e descartou uma nova paralisação no dia 23 de maio, Dia Nacional de Lutas contra as Privatizações, Concessões e Terceirizações. A expectativa é contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em junho, em atos com movimentos sindicais. A vice-presidente do Sindimetrô, Keity Goularte, explicou que a ideia é realizar um café da manhã com usuários nas estações Mercado e Sapucaia. “O objetivo é explicar que a privatização não é uma boa opção para quem utiliza o metrô. À tarde vamos fazer ato político grande, chamando muitos movimentos sociais e estudantis”, afirmou.

Durante a semana, dirigentes do Sindimetrô se reuniram com interlocutores do governo federal para apresentar as reivindicações da categoria. Os metroviários pedem ainda a troca da direção atual e o início das negociações para recomposição salarial. Eles exigem aumento salarial com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais 5%. “A troca de gestão é imprescindível. Estamos com acordo coletivo para ser debatido e até agora não conseguimos debater porque há um impasse na gestão atual. Eles estão com as malas prontas, mas ainda não se retiraram”, ressaltou.

Nos bastidores, PT e MDB disputam a indicação para a direção da Trensurb. Com a presença de Lula, a expectativa do Sindimetrô é de que o presidente se manifeste contrário à privatização da estatal. “Tem bastante declarações contrárias à privatização, mas não tem a retirada da Trensurb do PND. A gente quer chamar atenção do governo para essa situação que não foi resolvida”, alertou. “Há uma expectativa de que não tenha intenção de privatizar, mas a verdade é que a gente não tem nada de concreto. Se não tirar de fato a Trensurb do PND, a gente não vai para nossa mobilização”, completou. A Trensurb não se manifestou sobre os temas.
 

Felipe Samuel