No bairro Chácara, em Eldorado do Sul, ainda há neste sábado muitos entulhos nas ruas, porém em menos quantidade do que em outros pontos com maior vulnerabilidade social do município. A cidade foi uma das que mais sofreu na região metropolitana de Porto Alegre com os efeitos das cheias de cerca de 15 dias atrás, e, em diversas destas vias, o material a ser descartado ainda não foi recolhido integralmente das calçadas, trabalho que é realizado aos poucos pela Prefeitura, de acordo com os moradores.
O tosador Marcelo Paiva mora há 20 anos na rua Nestor Jardim Filho, via larga e duplicada do bairro. Ali, grande parte dos móveis foi perdida na cheia que também se elevou na área. Ele estima um prejuízo de R$ 70 mil em seu negócio. “Em 2015, a água subiu até 48 centímetros na minha casa, e desta última vez foi a 1,60 metro. Ela veio com tudo. Perdemos móveis e outros itens, principalmente”, lamentou ele. Ainda conforme Paiva, outros vizinhos tiveram prejuízo superior, pois as residências foram construídas somente com andar térreo.
No próximo sábado, o posto de saúde Claudiomiro Kraschefski, no bairro Cidade Verde, abre para consultas com clínico geral, atualização de cartão SUS, testes rápidos para HIV, hepatite e sífilis, coleta de exames preventivos, controle de pressão arterial e HGT e eletrocardiogramas. Já o posto do bairro Picada abre para todos os itens anteriores, exceto consultas com clínico, e ainda para vacinações do calendário de imunizações, contra a Covid-19 e gripe. Ambos vão funcionar das 8h às 17h.
Em Guaíba, a situação está mais sob controle e já desde a semana passada não há mais lugares com acúmulo de água. A régua de medição da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) marcava no sábado, no começo da tarde, 1,86 metro, um aumento de cerca de 20 centímetros em relação às horas anteriores, graças especialmente à presença do vento sul no Guaíba, que ajudava a represar as águas.
Felipe Faleiro