Cerca de 400 pessoas se reuniram na tarde deste domingo no Parque Getúlio Vagas, o Capão do Corvo, em Canoas, para reforçar atividades do "Setembro Amarelo, Combatendo o Suicídio". Com camisetas amarelas, balões e material explicativo em mãos, organizadores do movimento e adeptos da causa promoveram uma caminhada dentro do parque realizando abordagens chamando atenção para a gravidade do problema. “Este é um movimento importante pois é preciso que estejamos atento aos sinais. Depressão, irritabilidade, automutilação não devem ser deixados de lado. Há também os sinais silenciosos como, por exemplo, o planejamento financeiro e o fato da pessoa estar muito ligada ao passado e não conseguir enxergar o futuro”, disse Sandra Mara dos Santos de Mattos Torres, do Centro de Referência Especializada de Assistência Social de Canoas.
O pastor da Igreja Universal, Alexandre Duarte, pontua que a depressão é considerada o mal do século pela Organização Mundial da Saúde e tem sido apontada como a principal porta para o suicídio. “Muitos, não conseguindo vencer este cabo de guerra, decidem dar fim à sua vida. O suicídio tem aumentado nos municípios do Rio Grande do Sul, principalmente entre os jovens. Por isso a importância de uma divulgação melhor, para conscientizar as pessoas que este problema está aí, e precisa ser observado de perto. Não podemos esperar que este mal bata na nossa porta ou da nossa família.”
O técnico em manutenção, Luciano da Rosa, 41 anos, que também participava da atividade, conta que já vivenciou situação semelhante com o sobrinho. “Ele hoje conseguiu superar, mas acolhemos ele em nossa casa e ajudamos financeiramente. Na verdade, a gente deu um apoio psicológico, demos atenção a ele. Isso foi e é importante.”
Fernanda Bassôa