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MPT pede relatório à Braskem em investigação por suposto acidente de trabalho

Em 1º de dezembro de 2023, a mineradora retirou seus empregados da área da mina 18, em Maceió, que estava em estado de emergência por causa do risco iminente de desabamento

Ação movida pelo MPT estabelece um prazo de 10 dias para a petroquímica entregar o relatório | Foto: Robson Barbosa / AFP / CP Memória

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu à Braskem um relatório detalhado de trabalhadores e de qualquer pessoa que possa ter tido acesso à área de resguardo das minas de sal-gema, em Maceió (AL). A ação tem como objetivo investigar um suposto acidente de trabalho na área da mina nº 18. Outra frente da ação é levantar medidas voltadas à saúde e segurança dos empregados diretos e terceirizados.

A ação movida pelo MPT estabelece um prazo de 10 dias para a petroquímica entregar o relatório. Em nota, a Braskem disse que é inverídica a informação sobre um acidente com operário de uma empresa terceirizada na região da cavidade 18.

"A Companhia informa ainda que atenderá à requisição do Ministério Público do Trabalho (MPT) dentro do prazo estipulado. Os acessos à área de resguardo e a realização de atividades são precedidos de autorização da Defesa Civil de Maceió e da realização de análise de riscos, seguindo rígidos protocolos de segurança", afirmou a Braskem.


A requisição feita pelo MPT foi elaborada pelo procurador Rodrigo Alencar, durante audiência realizada na última sexta-feira, 19, e busca identificar se houve acesso de trabalhadores nas áreas de risco após 30 de dezembro, data em que a Defesa Civil autorizou a retomada das atividades fora da área de resguardo.

O relatório que a Braskem precisará entregar terá de ter informações sobre a identificação de pessoas que tiveram o suposto acesso à área de resguardo, além de dados da empresa contratante e detalhes sobre horários de acesso. A petroquímica, por sua vez, afirma que a informação sobre o acidente não é verídica.

O documento pede ainda outros detalhes, como descrições do sistema de controle de acesso, além de informações concisas sobre o possível trabalhador.

Já no prazo de 30 dias, a Braskem também deverá apresentar ao MPT outro relatório detalhado dos acidentes de trabalho ocorridos na atividade de preenchimento das cavidades na área de resguardo, desde o início da atividade de preenchimento, acompanhado das respectivas Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs).

Também será exigido dados referentes aos trabalhadores diretos da petroquímica e funcionários pertencentes às terceirizadas.

Relembre o caso

No dia 1º de dezembro de 2023, a mineradora Braskem retirou seus empregados efetivos e terceirizados da área da mina 18, na região do Mutange, em Maceió, que está em estado de emergência por causa do risco iminente de desabamento – após recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT). A cidade registrou pelo menos um abalo sísmico de proporções consideráveis nesta sexta, notificado a cerca de 300 metros de profundidade.

Em audiência no MPT, a Braskem se comprometeu a apenas retomar as atividades na área de risco, inclusive as de vigilância patrimonial, após a mineradora comunicar o MPT. O procurador do Trabalho Rodrigo Alencar condicionou a retomada dos trabalhos à avaliação técnica das autoridades competentes no sentido de garantir a segurança de todos os trabalhadores relacionados à empresa.

Estadão Conteúdo