A Prefeitura de Dom Pedrito publicou um decreto que libera a realização de bailes durante a Semana Farroupilha. A determinação teve o apoio do Ministério Público por meio de ofício do promotor Leonardo Giron. Conforme o prefeito, Mário Augusto Gonçalves, o decreto é temporário e experimental em comemoração a Semana Farroupilha ficando permitido às entidades ofertar almoços, jantares e realizar eventos musicais nativistas e gauchescos em seus estabelecimentos.
Conforme o decreto, o uso de máscaras é obrigatório para entrar e circular nos estabelecimentos, aferição de temperatura e utilização de álcool gel nos locais. É permitido para a dança ocupar 40% do salão não ultrapassando o máximo de 50 casais na pista de dança. “Houve uma construção com as entidades tradicionalistas e Câmara de Vereadores. Ao menos cinco já confirmaram que terão baile. O diálogo foi amplo, levei o assunto ao Ministério Público e o promotor pediu esclarecimentos sobre medidas de segurança e após apoiou”, relatou o prefeito.
Ele contou que será exigida a carteira de vacinação com o registro de ao menos uma dose de vacina contra o coronavírus para quem for participar dos bailes. Os ambientes devem ser arejados, com o uso de máscara e álcool gel. “O mesmo cuidado e responsabilidade que tivemos na pandemia para combater o vírus estamos tendo agora. Há 100 dias tínhamos em torno de 300 pessoas com coronavírus ativo, hoje são em torno de 15 e não temos nenhum paciente na UTI em Dom Pedrito”, enumerou.
Dom Pedrito tem 46% da população com imunização completa. Há três dias iniciou a aplicação da dose de reforço nos idosos e 92% da população vacinável recebeu a primeira dose, contra a Covid-19. “Estamos regularizando, para evitar situações que poderiam ocorrer de forma clandestina e que não conseguiríamos fiscalizar. Agora estamos fazendo parte, dentro dos eventos, para ajudar na condução, orientação e fiscalização”, destacou.
Ele conta que tem ido nas entidades entregar uma cópia do decreto que é válido até a próxima segunda-feira. Foi montado um comitê de orientação e fiscalização. “Isto é um laboratório somente em eventos tradicionalistas. Vencido o prazo, vamos analisar o avanço ou não de casos para poder acompanhar o momento no dia 1º com decreto estadual. Quem sabe poderemos avançar um pouco mais uma vez que os números são melhores que do Estado”, finalizou.
Angélica Silveira