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Verão

Especial

“Quem está lá sente na pele mesmo”, diz morador da região Norte do RS sobre enchente

Moradores aproveitam o domingo de tempo bom para tentar organizar e limpar os danos causados

A comunidade está dedicada a remover os escombros, resíduos e limpar o barro para reorganizar a cidade | Foto: Geciano Cibulski / Divulgação / CP

Após as fortes chuvas que atingiram o Norte do Rio Grande do Sul, principalmente em Barra do Rio Azul, os moradores estão unidos para enfrentar os desafios causados ​pela inundação. O tempo bom neste domingo ajudou na organização e limpeza dos danos causados.

Um esforço conjunto está em andamento para reconstruir a Unidade Básica de Saúde, danificada pelas águas, visando retomar o atendimento na terça-feira. Parte da viatura da Brigada Militar, arrastada pela força da enchente, foi recuperada, assim como os dois veículos da prefeitura que estavam desaparecidos.

“Estamos dedicados a remover os escombros e resíduos, além de limpar o barro para reorganizar a cidade”, ressaltou o prefeito Marcelo Arruda, enfatizando o gradual retorno dos moradores locais que foram evacuados. Apesar dos esforços, quatro casas permanecem interditadas e três famílias continuam isoladas devido ao colapso das pontes.

Geciano Cibulski, de 22 anos é morador de Itatiba do Sul, município vizinho de Barra do Rio Azul, e destaca a união da comunidade para reconstruir a cidade, enquanto ressalta o impacto emocional profundo que essa situação teve sobre as pessoas.

“Apesar de tudo que aconteceu, que são cenas tristes ainda, o pessoal está se recuperando aos poucos. Todo mundo, a comunidade inteira, todo mundo se empenhando, trabalhando. O pessoal dos municípios das cidades indo ajudar nas limpezas, oferecendo doação de kit de limpeza, material de higiene, coisas básicas. As prefeituras disponibilizando caminhões-pipa para ajudar a lavar as casas, máquinas pesadas para recolhimento dos lixos.

No geral agora é força para reconstruir tudo e aos poucos tentar voltar à normalidade. Quem assiste isso pela TV acha que não é nada, acha que é só coisa que nunca vai acontecer. Mas quem está lá sente na pele mesmo. Você vê, você se emociona. Você vê as crianças, você vê as pessoas, então é uma questão bem complicada, tem que ter um psicológico meio forte para ver”, desabafou.

A Defesa Civil do Estado está colaborando com os municípios, coordenando planos de contingência e fornecendo assistência na documentação para a declaração de situação de emergência. Além disso, está sendo distribuído lonas e itens de ajuda humanitária, como cestas básicas, kits de limpeza e água potável.

Até este domingo, em Barra do Rio Azul foram registrados 179 desalojados, todos acolhidos por amigos ou familiares. Em Tupanci do Sul, anteriormente com 10 desabrigados, e em Erechim, que registrou 41 desabrigados e 25 desalojados, todos já retornaram às suas residências. 

Paula Maia