Manifestantes seguiram se mobilizando nesta quarta-feira, no final da manhã, em mais um dia junto ao quartel-general do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre. No final da manhã, as cerca de 50 pessoas novamente agitavam bandeiras do Brasil, vestiam camisetas verde-amarelas e pediam intervenção das Forças Armadas contra o pleito presidencial do segundo turno, no último dia 30 de outubro, vencido pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
Sem o tradicional caminhão, eles eram acompanhados por caixas de som que entoavam hinos patrióticos. A mobilização no entorno da avenida Padre Tomé, em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) já ocorre há quase um mês, e não dá sinais de que vai cessar tão cedo, conforme monitoramento de grupos de redes sociais. Além disto, as barreiras dos agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) continuavam, assim como a presença da Brigada Militar nos pontos de concentração.
O questionamento do Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, no dia anterior, quanto a supostas irregularidades nas urnas eletrônicas anteriores ao modelo de 2020, trouxe certa agitação ao movimento na Capital. Conforme o partido, a anulação de milhões de votos supostamente não-auditáveis poderia dar a vitória no 2º turno a Bolsonaro. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou ao PL no mesmo dia que o pedido também incluísse os votos do 1º turno, já que estas urnas, afirma Moraes, também foram utilizadas no pleito de 2 de outubro.
Felipe Faleiro