Carlos Henrique Loguércio de Mesquita, auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, revela que, apesar da expectativa de que as lojas possam ser abertas este ano, não ocorreram, até o momento, pedidos de investidores. “A alta do dólar e o processo eleitoral podem estar intimidando investidores, mas o trabalho na Receita ocorre para que as lojas possam ser instaladas com agilidade”. Não há prazo para a inscrição de interessados. Assim que entra um pedido, uma equipe faz análise do processo. Investidores devem seguir critérios como ter patrimônio líquido igual ou superior a R$ 2 milhões e escrituração contábil digital.
Ele acredita que os primeiros interessados serão empresas que já têm estrutura instalada, com experiência de comercialização nesta área. O sistema para controle das compras, por parte da Receita Federal, está em processo de homologação no Serviço Federal de Processamento de Dados, em fase de testes.
Segundo o Sindicato Intermunicipal da Hotelaria no Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai, empresas já estão em processo de definição de áreas e imóveis para locação, principalmente quem já tem free shops no lado uruguaio. Presidente da entidade, Manuel Suárez revela que a expectativa é de que setores como hotelaria, gastronomia e varejo, como postos de combustível, sejam beneficiados com as lojas. “É uma bela oportunidade para não perdermos o potencial de compra dos argentinos e uruguaios. Precisamos melhorar nossa renda per capita”.
Suárez revela que, em 2017, 89% dos turistas estrangeiros que passaram pelo Rio Grande do Sul utilizaram as vias terrestres, a maior parte deles argentinos e uruguaios. “Um dos maiores desafios do turismo gaúcho é fazer com que os turistas estrangeiros não utilizem o nosso Estado apenas como passagem. Por isso, criar atrativos aqui é tão importante”. Os free shops vendem produtos diretamente das indústrias, com isenção de taxas, mas como limite de compra de 300 dólares por CPF por mês
Felipe Dorneles