As manifestações contra o corte de recursos anunciados pelo governo federal e a Reforma da Previdência mobilizaram não apenas professores e estudantes, mas a comunidade como um todo na Região Metropolitana de Porto Alegre nesta quarta-feira.
Em Canoas, a concentração dos manifestantes aconteceu na praça da Emancipação, em frente à prefeitura, e seguiu com caminhada pelo centro da cidade com encerramento na Praça do Avião. O presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação de Canoas (Sinprocan), Júlio Cesar Santos, disse que além das escolas municipais e estaduais, o ato também contou com adesão dos petroleiros que questionam a privatização da Petrobras. “Somos contra o corte de verbas na área da educação. Esta é uma data importante, pois é a chamada para a grande greve marcada para o dia 14 de junho. Estamos todos mobilizados”, disse.
Professora há 23 anos, Ana Rita Fernandes Moraes disse que a situação é um descaso com a população “Nossa profissão tem um desgaste natural. Além disso, não somos valorizados e trabalhamos muito mais do que deveríamos. Temos alunos, temos casa, filhos e família. Essa situação toda é um descaso com a população”, afirmou.
Em Cachoeirinha, os servidores se concentraram em frente à sede do Sindicato ainda pela manhã e seguiram em caminhada até a frente do prédio da prefeitura. A programação, que contou com a participação de cerca de 300 pessoas, teve aula pública com debate sobre os cortes na educação e Reforma da Previdência. O dia seguiu com almoço coletivo e mais movimentações.
Em Alvorada, professores e alunos realizaram ações em frente ao Prédio da prefeitura durante a manhã e à tarde seguiram para Porto Alegre a fim de reforçar o movimento na capital. Em Esteio, professores promoveram distribuição de material explicativo nas imediações do trem e no Centro da cidade.
Fernanda Bassôa