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Verão

Especial

"Resgatei um monte de gente arrastada pela água", diz afetado pela enchente em Eldorado do Sul

Cenário no município, onde há 350 pessoas ainda afetadas, e em Guaíba, ainda é de limpeza e reconstrução

José Cláudio Vieira, morador do bairro Cidade Verde, perdeu praticamente tudo em casa | Foto: Maria Eduarda Fortes

Moradores dos municípios de Eldorado do Sul e Guaíba, no entorno de Porto Alegre, seguiam atentos ao clima nesta terça-feira, depois que a chuva voltou a atingir a região metropolitana. Na terça-feira, a ESF Claudiomiro Kraschefski, no bairro Cidade Verde, um dos locais mais atingidos pelas cheias em Eldorado, voltou a reabrir, assim como as escolas municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) Cônego Eugênio Mees e Flor da Terra.

Duas seguem fechadas, em razão dos efeitos da chuva, as EMEFs Luiza Maria Binfaré e José Gomes de Vasconcelos Jardim, bem como os postos de saúde Picada, Chácara e a Farmácia Municipal. De acordo com a Prefeitura, 350 pessoas ainda estão afetadas em Eldorado do Sul, e 300 estão desalojadas. Há também 60 pessoas abrigadas no Ginásio Getúlio Vargas, no bairro Centro Novo. Os bairros mais atingidos seguem sendo Picada e Vila da Paz.

No Cidade Verde, o cenário ainda se assemelha a uma guerra, com muitos móveis nas calçadas, formando pilhas, enquanto os moradores tentam se reerguer como podem. José Cláudio Vieira, conhecido na comunidade como “Brizola”, trabalha com recolhimento de caixas e mora na rua Dique há mais de 30 anos. Assim como diversos de seus vizinhos, ele dificilmente viu uma situação similar a esta, mas afirma que precisa recomeçar. “A água subiu a dois metros na rua”, comentou ele, se referindo ao auge da mais recente cheia, há cerca de dez dias.

De acordo com Vieira, a força da água arrancou o portão de sua residência pelo pilar, arrastando ele pela rua. “Resgatei um monte de gente arrastada aqui”, afirmou, acrescentando que coletou outro portão trazido pela água e o amarrou com uma corda de maneira provisória, apenas para constar que a função é apenas estética, já que seu pátio está aberto. Na mesma rua, um veículo perdeu o pneu e estava amarrado hoje pela manhã por uma das rodas a um poste próximo. 

Conforme o morador, a Prefeitura está fazendo sua parte, recolhendo os entulhos, porém “a demanda é muito alta”. Em Guaíba, a situação é parecida, com água ainda em algumas vias, especialmente na área central. O catamarã segue funcionando normalmente no trajeto entre o município e Porto Alegre. De acordo com a régua de medição da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) no terminal da CatSul, no Centro, a marca alcançada foi de 1,89 metro, em trajetória de queda.

Felipe Faleiro