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Santa Cruz do Sul abre mão da gestão de Centro Regional em Saúde do Trabalhador

Unidade é referência para 68 municípios dos vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí

Centro deverá ter a gestão repassada para outro município da região | Foto: Rodrigo Assmann / Gazeta do Sul / CP
A Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul abriu mão da gestão do Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), em funcionamento na cidade desde 2004 e com abrangência em 68 municípios dos vales do Rio Pardo, Taquari e Jacuí. O objetivo é assegurar a continuidade dos serviços e dar fôlego aos cofres municipais, que amargam R$ 8,9 milhões em repasses atrasados pelo Estado na área da saúde. Apenas com o órgão, a prefeitura acumula desde 2014 um rombo de R$ 780 mil. O último repasse ocorreu em junho, no valor de R$ 17,5 mil. De lá para cá, o município já aportou R$ 115 mil em recursos próprios para garantir o atendimento dos usuários.

Com a devolução da gestão ao Estado, o serviço poderá ser assumido por qualquer prefeitura da área da 8ª (Cachoeira do Sul), 13ª (Santa Cruz do Sul) ou da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (Lajeado). A transferência ainda depende de aprovação no Conselho Municipal de Saúde, votação nas três regionais de saúde e, por último, aprovação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), em Porto Alegre. A votação no conselho ocorrerá nesta terça-feira, às 18h, na Câmara de Vereadores. O secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, informa que o anúncio não deve causar apreensão na comunidade. “Jamais pensamos em desestruturar ou fechar o Cerest, pois a ideia é apenas devolver ao Estado, que é o ente que possui a competência sobre o serviço.”

Dados do órgão revelam que, entre os 68 municípios, Santa Cruz do Sul é um dos que menos utiliza o serviço. Entre janeiro e novembro deste ano foram atendidos no Cerest 35 pacientes da cidade, contra 407 de Vera Cruz, 77 de Rio Pardo e 60 de Venâncio Aires. “Santa Cruz do Sul não pode bancar o atendimento de pacientes de outros municípios.” O governo estadual e a União devem repassar R$ 35 mil e R$ 30 mil, respectivamente, e a prefeitura entra com aporte de recursos humanos. Não há participação financeira dos demais municípios.

A Secretaria de Saúde do Estado informou que dados sobre o Cerest deveriam ser obtidos com a coordenadoria regional de Santa Cruz do Sul. Já a coordenadora Mariluci Rei, disse que a 13ª Coordenadoria ainda não recebeu a notificação do município, mas conversou com o secretário Régis de Oliveira Júnior sobre a questão. Conforme Mariluci, a partir da oficialização da medida, a prefeitura tem um mês para a devolução da gestão do Cerest. Depois, a reunião da CIB avaliará o interesse de outro município assumir o serviço. 

Otto Tesche