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Vale do Rio Pardo vai restringir circulação de pessoas no próximo fim de semana

Medida foi tomada após a análise de dados técnicos e científicos sobre o avanço da pandemia na região

Assembleia extraordinária foi realizada por videoconferência nesta quinta | Foto: Tiago Rech / Divulgação / CP

Os prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) decidiram implementar pela segunda semana consecutiva a restrição de circulação de pessoas a partir da noite desta sexta-feira até a madrugada de segunda-feira. 

A medida foi tomada após a análise de dados técnicos e científicos sobre o avanço da pandemia durante assembleia extraordinária por videoconferência na manhã desta quinta-feira. O assessor técnico da entidade e médico infectologista Marcelo Carneiro relatou a situação crítica nos hospitais da Região 28.  

O painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apresentava às 13h desta quinta-feira uma taxa de ocupação de 128% dos leitos de UTI Covid e 106% nos fora de UTI na região. O uso de respiradores também seguia acima de 106%. "Em um ano de pandemia, é a primeira vez que existe a real possibilidade de faltar respiradores. O suporte de atendimento está chegando num esgotamento. A curva de uso de oxigênio triplicou e aquelas cenas que assistimos na TV de outros Estados estão perto de acontecer por aqui", afirmou Carneiro. 

Restrições 

Baseados nessas informações e nos relatos de que já estaria havendo uma leve redução no número de novos casos e de pessoas com o vírus ativo, os prefeitos optaram por repetir as restrições de circulação de pessoas com maior fiscalização. Cada município está autorizado a definir o período de restrição e quais serviços e estabelecimentos essenciais funcionarão. 

"Só está abrindo vaga na UTI quando alguém morre. Isto é muito sério e grave. A comunidade precisa compreender a necessidade de mais um lockdown. São dois dias para ficar em casa que farão a diferença ali na frente, todos têm de colaborar nesse momento para cortar a circulação do vírus", disse o prefeito de Vale do Sol e presidente da Amvarp, Maiquel Silva. 

O dirigente ressaltou no encontro que o comércio e outros serviços estão fechados por causa das regras de bandeira preta estipuladas pelo governo do Rio Grande do Sul. Silva citou o caso do município de Planalto, no Norte gaúcho, que teve uma multa diária de R$ 50 mil fixada pela Justiça por permitir a abertura de estabelecimentos não-essenciais. 

"Luz no fim do túnel" 

Para o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, os números seguem alarmantes.  “Mas já começamos a enxergar uma luz no fim do túnel após os finais de semana com restrições”, disse. O município terá o terceiro fim de semana consecutivo com este sistema. 

A prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, afirmou que toda a região passa por uma situação muito preocupante. “Só mudamos de endereço, os problemas são os mesmos na sua maioria. Com muito trabalho de conscientização e fiscalização, conseguimos manter Sinimbu na regra 0-0, sem internações e óbitos. Mas agora já chegamos a 7 mortes e estamos com 15 internados no hospital. É fundamental esta medida que estamos tomando em nível regional para evitar um colapso maior”, destacou. 

Otto Tesche